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Defensoria Pública discute uso medicinal de Canabinoides

A DPE-PI é responsável pela maioria das ações que tratam do uso de canabidiol.

O uso do composto canabidiol, assim como de outros derivados da planta cannabis sativa foram abordados em Teresina nos últimos dias 09 e 10, durante o Simpósio sobre o Uso Medicinal dos Canabinoides. A Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE-PI), através do Núcleo Especializado da Saúde, é a responsável direta por quase todas as ações judiciais que garantiram no Piauí o acesso ao canabidiol por pessoas, especialmente crianças, que precisam desse composto para melhorar a qualidade de vida ou para sobreviver.

O coordenador do Núcleo da Saúde da DPE-PI, defensor público Rogério Newton de Carvalho Sousa, nessa sexta-feira (10) participou do painel com tema "Uso do Canabidiol: Aspectos Jurídicos e Sanitários". Os representantes da Liga Canábica da Paraíba, Júlio Américo; Thiago Brasil Silvério, da ANVISA/DF; Sheila Dantas Geriz, do Tribunal de Justiça da Paraíba.


O Simpósio buscou promover o debate entre os diferentes envolvidos com o tema para oferecer maior acessibilidade dos usuários, discutir os aspectos legais, técnicos e estimular o desenvolvimento de pesquisas científicas multiprofissionais no Piauí.

  • Foto: Reprodução/DPE-PISimpósio sobre o uso medicinal do canabidiolSimpósio sobre o uso medicinal de Canabinoides.

Para o coordenador, Rogério Newton, “o Simpósio teve preponderante viés científico e ajudou a desmistificar muita coisa. Mas foi a participação dos pais de crianças portadoras de epilepsia refratária quem deu sentido humanitário e emocionado. Pelo relato de pais, o canabidiol (um dos compostos presentes na maconha) tem melhorado a saúde de crianças com epilepsia e convulsões de difícil controle. Na quase totalidade dos casos, o canabidiol chega a zerar as convulsões, o que não acontece com anticonvulsivantes convencionais”, explicou.

A defensora pública geral, Hildeth Evangelista, que também esteve presente, disse que, "É de extrema importância a discussão do uso dos canabinoides para o tratamento de doenças consideradas degenerativas. Precisamos desmistificar o uso medicinal desses compostos, objetivando que seja cada vez mais desburocratizado o acesso para as pessoas que realmente necessitam deles para buscar uma melhor qualidade de vida,” contou.

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