Polícia Federal investigará denúncia de desvio de verba em programa do Ministério do Esporte
Empresário autor da denúncia entregou documentos que comprovariam irregularidades cometidas na execução de contratos
A PF (Polícia Federal) vai investigar as denúncias feitas por João Batista Vieira Machado, dono da JJ Logística Empresarial, sobre desvios de recursos públicos do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, para políticos em Brasília, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
O empresário esteve na manhã da última sexta-feira (23) na sede da Superintendência da PF no Rio. Prestou depoimento durante duas horas e entregou centenas de documentos que comprovam, segundo ele, as irregularidades cometidas na execução de um contrato de sua firma com o Instituto Contato, entidade sediada em Santa Catarina e dirigida por integrantes do PCdoB local.
Em entrevista publicada pelo Estadão no último dia 11, Machado revelou que foi desviado 90% dos R$ 4,65 milhões que sua empresa recebeu entre 2009 e 2010 do Instituto Contato para fornecer lanches para crianças atendidas pelo programa do Ministério do Esporte.
— Era tudo roubo. Vi maços de dinheiro serem distribuídos.
Machado afirmou que foi usado e acusou o também empresário e ex-assessor parlamentar José Renato Fernandez Rocha e a entidade catarinense dirigida por integrantes do PCdoB como autores dos desvios.
Ex-secretário do deputado federal Dr. Paulo Cesar (PSD-RJ), Fernandez Rocha fez cinco viagens a Santa Catarina com passagens pagas pela Câmara dos Deputados. Nessas ocasiões, ele sacou cerca de R$ 742 mil em espécie das contas da JJ Logística, conforme mostram cópias de cheques entregues por Machado à reportagem.
Outro nome citado pelo dono da JJ Logística e denunciante dos desvios é Wellington Monteiro, apontado como o articulador entre as pontas do esquema no Rio, Brasília e Santa Catarina.
Na sexta, depois do depoimento à PF, Machado afirmou estar "aliviado".
— Estou consciente que fiz o que era certo. Há muito tempo que sofria com essa carga. Agora estou livre e à espera de que a Justiça seja feita.
O Ministério do Esporte informou que todos os convênios assinados com o Instituto Contato foram suspensos depois das primeiras denúncias de irregularidades em 2011. Foi instaurada uma Tomada de Contas Especial para apurar os desvios. O processo está em fase final de tramitação.
A entidade dirigida por integrantes do PCdoB catarinense enviou uma nota ao Estadão antes da publicação da reportagem do dia 11. Limitava-se a "ratificar sua idoneidade", negar as denúncias do dono da JJ Logística e informar que está à disposição "dos órgãos de fiscalização competentes para prestar qualquer informação necessária".
O Instituto Contato, que retirou do ar sua página na Internet depois da divulgação das denúncias de Machado, não respondeu aos outros e-mails e telefonemas. Fernandez Rocha também não retornou as ligações telefônicas e recados deixados pela reportagem.
O empresário esteve na manhã da última sexta-feira (23) na sede da Superintendência da PF no Rio. Prestou depoimento durante duas horas e entregou centenas de documentos que comprovam, segundo ele, as irregularidades cometidas na execução de um contrato de sua firma com o Instituto Contato, entidade sediada em Santa Catarina e dirigida por integrantes do PCdoB local.
Em entrevista publicada pelo Estadão no último dia 11, Machado revelou que foi desviado 90% dos R$ 4,65 milhões que sua empresa recebeu entre 2009 e 2010 do Instituto Contato para fornecer lanches para crianças atendidas pelo programa do Ministério do Esporte.
— Era tudo roubo. Vi maços de dinheiro serem distribuídos.
Machado afirmou que foi usado e acusou o também empresário e ex-assessor parlamentar José Renato Fernandez Rocha e a entidade catarinense dirigida por integrantes do PCdoB como autores dos desvios.
Ex-secretário do deputado federal Dr. Paulo Cesar (PSD-RJ), Fernandez Rocha fez cinco viagens a Santa Catarina com passagens pagas pela Câmara dos Deputados. Nessas ocasiões, ele sacou cerca de R$ 742 mil em espécie das contas da JJ Logística, conforme mostram cópias de cheques entregues por Machado à reportagem.
Outro nome citado pelo dono da JJ Logística e denunciante dos desvios é Wellington Monteiro, apontado como o articulador entre as pontas do esquema no Rio, Brasília e Santa Catarina.
Na sexta, depois do depoimento à PF, Machado afirmou estar "aliviado".
— Estou consciente que fiz o que era certo. Há muito tempo que sofria com essa carga. Agora estou livre e à espera de que a Justiça seja feita.
O Ministério do Esporte informou que todos os convênios assinados com o Instituto Contato foram suspensos depois das primeiras denúncias de irregularidades em 2011. Foi instaurada uma Tomada de Contas Especial para apurar os desvios. O processo está em fase final de tramitação.
A entidade dirigida por integrantes do PCdoB catarinense enviou uma nota ao Estadão antes da publicação da reportagem do dia 11. Limitava-se a "ratificar sua idoneidade", negar as denúncias do dono da JJ Logística e informar que está à disposição "dos órgãos de fiscalização competentes para prestar qualquer informação necessária".
O Instituto Contato, que retirou do ar sua página na Internet depois da divulgação das denúncias de Machado, não respondeu aos outros e-mails e telefonemas. Fernandez Rocha também não retornou as ligações telefônicas e recados deixados pela reportagem.
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