Hillary Clinton pede em Belfast continuidade ao duro "trabalho de reconciliação"
"Todas as partes devem responder pacificamente e juntas os problemas que continuam aparecendo, ligadas às divisões comunitárias", disse.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu esta sexta-feira em Belfast a todas as partes a continuidade do "difícil trabalho de reconciliação" nesta historicamente conturbada província britânica onde a tensão está em aumento.
Ao lado dela, o principal ministro da Irlanda do Norte, Peter Robinson, e seu número dois, Martin McGuiness, elogiaram a ilustre visitante e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, que desempenhou um papel importante no processo de paz que levou ao acordo da Sexta-feira Santa, em 1998.
"Tanto Hillary quanto Bill Clinton foram vozes absolutamente essenciais para nós no processo e é algo que se deve reconhecer", declarou Martin McGuiness, um ex-dirigente do Exército Republicano Irlandês (IRA), durante entrevista coletiva em Stormont, sede do Parlamento norte-irlandês.
A visita de Hillary Clinton ocorre após vários dias de tensões relacionadas à decisão do conselho municipal de Belfast de deixar de fazer tremular a bandeira britânica diariamente na Prefeitura.
Esta polêmica votação provocou manifestações de protesto por parte de unionistas partidários de manter os laços com o Reino Unido, choques com a polícia e danos materiais.
Um escritório do Alliance Party, partido que promove o diálogo entre unionistas e republicanos, foi destruído por um incêndio e uma deputada do partido, Naomi Long, recebeu ameaças de morte.
"É absolutamente inaceitável", reagiu a chefe da diplomacia americana. "A violência vem lembrar que mesmo após terem sido feitos muitos avanços, o difícil trabalho de reconciliação e de promoção da compreensão mútua deve continuar", prosseguiu.
"Todas as partes devem responder pacificamente e juntas os problemas que continuam aparecendo, ligadas às divisões comunitárias", disse.
"Não pode haver lugar na nova Irlanda do Norte para qualquer violência", declarou Hillary antes de visitar o novo centro dedicado ao Titanic, inaugurado neste ano do centenário do naufrágio.
A chegada da secretária de Estado foi precedida, na quinta-feira, da descoberta de dois artefatos explosivos na província, um em um carro em Londonderry (norte) e outro - um pacote-bomba - em uma caixa de correio de Clough (sul), segundo a polícia.
O primeiro foi encontrado por policiais que investigavam grupos republicanos (católicos) dissidentes, que detiveram um veículo no bairro de Creggan em Londonderry e detiveram quatro homens com cerca de 40 anos de idade.
Com relação ao pacote-bomba, as forças de ordem foram alertadas por volta das 21h00 locais da conduta suspeita de um homem perto da caixa de correio, onde os unionistas são maioria. O artefato, que foi neutralizado, "podia ter matado ou causado ferimentos", destacou a polícia.
A Irlanda do Norte (Ulster) viveu 30 anos de violência entre separatistas católicos e protestantes unionistas que deixaram mais de 3.500 mortos e terminaram com o acordo de paz de 1998. O IRA, histórico braço armado da causa republicana, renunciou à violência, mas alguns pequenos grupos dissidentes contrários à divisão do poder com os protestantes continuam defendendo-a.
Esta visita de algumas horas de Hillary Clinton a Belfast é a última etapa da 38ª viagem à Europa da secretária de Estado e provavelmente também um dos últimos dela no cargo, que a levou desde a segunda-feira a Praga, Bruxelas e Dublin.
Ao lado dela, o principal ministro da Irlanda do Norte, Peter Robinson, e seu número dois, Martin McGuiness, elogiaram a ilustre visitante e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, que desempenhou um papel importante no processo de paz que levou ao acordo da Sexta-feira Santa, em 1998.
"Tanto Hillary quanto Bill Clinton foram vozes absolutamente essenciais para nós no processo e é algo que se deve reconhecer", declarou Martin McGuiness, um ex-dirigente do Exército Republicano Irlandês (IRA), durante entrevista coletiva em Stormont, sede do Parlamento norte-irlandês.
A visita de Hillary Clinton ocorre após vários dias de tensões relacionadas à decisão do conselho municipal de Belfast de deixar de fazer tremular a bandeira britânica diariamente na Prefeitura.
Esta polêmica votação provocou manifestações de protesto por parte de unionistas partidários de manter os laços com o Reino Unido, choques com a polícia e danos materiais.
Um escritório do Alliance Party, partido que promove o diálogo entre unionistas e republicanos, foi destruído por um incêndio e uma deputada do partido, Naomi Long, recebeu ameaças de morte.
"É absolutamente inaceitável", reagiu a chefe da diplomacia americana. "A violência vem lembrar que mesmo após terem sido feitos muitos avanços, o difícil trabalho de reconciliação e de promoção da compreensão mútua deve continuar", prosseguiu.
"Todas as partes devem responder pacificamente e juntas os problemas que continuam aparecendo, ligadas às divisões comunitárias", disse.
"Não pode haver lugar na nova Irlanda do Norte para qualquer violência", declarou Hillary antes de visitar o novo centro dedicado ao Titanic, inaugurado neste ano do centenário do naufrágio.
A chegada da secretária de Estado foi precedida, na quinta-feira, da descoberta de dois artefatos explosivos na província, um em um carro em Londonderry (norte) e outro - um pacote-bomba - em uma caixa de correio de Clough (sul), segundo a polícia.
O primeiro foi encontrado por policiais que investigavam grupos republicanos (católicos) dissidentes, que detiveram um veículo no bairro de Creggan em Londonderry e detiveram quatro homens com cerca de 40 anos de idade.
Com relação ao pacote-bomba, as forças de ordem foram alertadas por volta das 21h00 locais da conduta suspeita de um homem perto da caixa de correio, onde os unionistas são maioria. O artefato, que foi neutralizado, "podia ter matado ou causado ferimentos", destacou a polícia.
A Irlanda do Norte (Ulster) viveu 30 anos de violência entre separatistas católicos e protestantes unionistas que deixaram mais de 3.500 mortos e terminaram com o acordo de paz de 1998. O IRA, histórico braço armado da causa republicana, renunciou à violência, mas alguns pequenos grupos dissidentes contrários à divisão do poder com os protestantes continuam defendendo-a.
Esta visita de algumas horas de Hillary Clinton a Belfast é a última etapa da 38ª viagem à Europa da secretária de Estado e provavelmente também um dos últimos dela no cargo, que a levou desde a segunda-feira a Praga, Bruxelas e Dublin.
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