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Rússia restringe importação de carne dos Estados Unidos e nega medida política

A medida, anunciada um dia depois de o Senado norte-americano ter aprovado um projeto de lei para expandir o comércio entre Washington e Moscou

As carnes importadas pela Rússia, de produtores que usaram ractopamina, devem ser testadas e certificadas de estarem sem o aditivo nutricional, informou a agência reguladora veterinária do país. O órgão negou haver retaliação política na ação.

A medida, anunciada um dia depois de o Senado norte-americano ter aprovado um projeto de lei para expandir o comércio entre Washington e Moscou, que também solicita punição aos violadores dos direitos humanos na Rússia, pode prejudicar os produtores de carne bovina e suína da América do Norte.

A decisão pode tornar os EUA, que exportam mais de 500 milhões de dólares por ano em carne suína e bovina para a Rússia, significativamente menos competitivos em relação aos produtores chineses e europeus, onde a ractopamina é proibida.

A Federação da Exportação de Carne dos EUA afirmou que o Departamento de Agricultura do país não possui um programa de testes e certificação de ractopamina.

A agência reguladora da agropecuária na Rússia, a Rosselkhoznadzor, disse que a partir de sexta-feira permitirá um período de transição, durante o qual fará os testes por conta própria na ausência de certificação.
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