Berlusconi parece estar aquém das expectativas em eleição da Itália
A estratégia de Berlusconi, fortificada por um pacto eleitoral nesta semana com a Liga Norte, é obter cadeiras suficientes no Senado para evitar que Bersani pas
Silvio Berlusconi tem poucas chances de desestabilizar um governo de centro-esquerda depois da eleição de fevereiro na Itália, e o primeiro-ministro Mario Monti é quem deve ser o fiel da balança, disse um dos principais especialistas em tendências eleitorais da Itália na quarta-feira.
O cientista político Roberto D"Alimonte, professor da universidade privada Luiss em Roma, disse que o resultado eleitoral mais provável é de um governo de centro-esquerda forte o bastante para governar sozinho ou em uma coalizão com os centristas de Monti.
Essa previsão pode acalmar os investidores, preocupados com o risco de que Berlusconi possa desempenhar um papel sabotador depois da eleição, devolvendo a Itália para o tipo de instabilidade que forçou a sua substituição por Monti em novembro de 2011, quando o país seguia em direção a uma crise do tipo da grega.
A centro-esquerda de Pier Luigi Bersani, que está bem à frente nas pesquisas de opinião, deve ganhar a Câmara dos Deputados. Mas a verdadeira batalha será no Senado, onde as cadeiras são decididas em base regional.
A estratégia de Berlusconi, fortificada por um pacto eleitoral nesta semana com a Liga Norte, é obter cadeiras suficientes no Senado para evitar que Bersani passe leis.
D"Alimonte disse que, no cenário atual, isso é praticamente impossível.
Usando uma pesquisa de opinião da Ipsos publicada na terça-feira de quatro regiões na corrida do Senado, e projeções atualizadas de uma pesquisa anterior, D"Alimonte publicou 10 cenários diferentes no jornal financeiro Sole 24 Ore.
Em apenas um destes cenários Berlusconi poderia desempenhar um papel bloqueador e D"Alimonte disse que isso era altamente improvável.
"Isso significa que não é verossímil que Berlusconi possa desempenhar um papel decisivo no Senado. É Monti quem pode terminar nessa posição", disse D"Alimonte.
Bersani diz que a sua coalizão, que está com pouco menos de 40 por cento nas pesquisas, ou mais de 10 pontos à frente da centro-direita de Berlusconi, vencerá em ambas as Casas na votação de 24 e 25 de fevereiro.
Berlusconi, um estrategista político habilidoso e magnata da mídia, insiste que ainda pode vencer a eleição ganhando um grande número de eleitores desiludidos e indecisos, mas isso parece improvável baseado em todas as pesquisas de opinião.
Ele vem bombardeando as transmissões desde que voltou à linha de frente em dezembro, impulsionando a sorte da centro-direita, mas sua coalizão ainda está com menos de 30 por cento nas pesquisas.
Há um único obstáculo potencial à ideia de que Monti possa se unir a uma coalizão com Bersani. O ex-comissário europeu vem dando fortes indícios de que seu preço poderia ser o cargo de primeiro-ministro, algo que Bersani rejeita.
No entanto, parece improvável que Monti possa abrir a porta a Berlusconi recusando-se a formar um governo estável com Bersani.
As projeções de D"Alimonte baseiam-se em Bersani ganhando 13 das 17 regiões italianas, e a corrida sendo decidida em quatro áreas indecisas: a Lombardia, o Vêneto, a Sicília e a Campânia.
No que pode ser ainda mais tranquilizador para os mercados, em seis das projeções de D"Alimonte Bersani poderia governar em uma coalizão com Monti, mesmo se seus aliados de esquerda rompessem por desacordos sobre política econômica.
Em duas das projeções, a centro-esquerda poderia governar sem Monti.
A única chance de Berlusconi seria se ele conseguisse evitar que a coalizão de Monti cruzasse o patamar de 18 por cento necessário para entrar no Senado, o que parece fora de alcance, já que seu grupo está com menos de 15 por cento nas pesquisas.
O cientista político Roberto D"Alimonte, professor da universidade privada Luiss em Roma, disse que o resultado eleitoral mais provável é de um governo de centro-esquerda forte o bastante para governar sozinho ou em uma coalizão com os centristas de Monti.
Essa previsão pode acalmar os investidores, preocupados com o risco de que Berlusconi possa desempenhar um papel sabotador depois da eleição, devolvendo a Itália para o tipo de instabilidade que forçou a sua substituição por Monti em novembro de 2011, quando o país seguia em direção a uma crise do tipo da grega.
A centro-esquerda de Pier Luigi Bersani, que está bem à frente nas pesquisas de opinião, deve ganhar a Câmara dos Deputados. Mas a verdadeira batalha será no Senado, onde as cadeiras são decididas em base regional.
A estratégia de Berlusconi, fortificada por um pacto eleitoral nesta semana com a Liga Norte, é obter cadeiras suficientes no Senado para evitar que Bersani passe leis.
D"Alimonte disse que, no cenário atual, isso é praticamente impossível.
Usando uma pesquisa de opinião da Ipsos publicada na terça-feira de quatro regiões na corrida do Senado, e projeções atualizadas de uma pesquisa anterior, D"Alimonte publicou 10 cenários diferentes no jornal financeiro Sole 24 Ore.
Em apenas um destes cenários Berlusconi poderia desempenhar um papel bloqueador e D"Alimonte disse que isso era altamente improvável.
"Isso significa que não é verossímil que Berlusconi possa desempenhar um papel decisivo no Senado. É Monti quem pode terminar nessa posição", disse D"Alimonte.
Bersani diz que a sua coalizão, que está com pouco menos de 40 por cento nas pesquisas, ou mais de 10 pontos à frente da centro-direita de Berlusconi, vencerá em ambas as Casas na votação de 24 e 25 de fevereiro.
Berlusconi, um estrategista político habilidoso e magnata da mídia, insiste que ainda pode vencer a eleição ganhando um grande número de eleitores desiludidos e indecisos, mas isso parece improvável baseado em todas as pesquisas de opinião.
Ele vem bombardeando as transmissões desde que voltou à linha de frente em dezembro, impulsionando a sorte da centro-direita, mas sua coalizão ainda está com menos de 30 por cento nas pesquisas.
Há um único obstáculo potencial à ideia de que Monti possa se unir a uma coalizão com Bersani. O ex-comissário europeu vem dando fortes indícios de que seu preço poderia ser o cargo de primeiro-ministro, algo que Bersani rejeita.
No entanto, parece improvável que Monti possa abrir a porta a Berlusconi recusando-se a formar um governo estável com Bersani.
As projeções de D"Alimonte baseiam-se em Bersani ganhando 13 das 17 regiões italianas, e a corrida sendo decidida em quatro áreas indecisas: a Lombardia, o Vêneto, a Sicília e a Campânia.
No que pode ser ainda mais tranquilizador para os mercados, em seis das projeções de D"Alimonte Bersani poderia governar em uma coalizão com Monti, mesmo se seus aliados de esquerda rompessem por desacordos sobre política econômica.
Em duas das projeções, a centro-esquerda poderia governar sem Monti.
A única chance de Berlusconi seria se ele conseguisse evitar que a coalizão de Monti cruzasse o patamar de 18 por cento necessário para entrar no Senado, o que parece fora de alcance, já que seu grupo está com menos de 15 por cento nas pesquisas.
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