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Polícia investiga ossada encontrada fora de caixão em Divinópolis, Minas Gerais

Ossada será levada para Belo Horizonte. Hipótese de homicídio não foi descartada, segundo delegado.

Imagem: ReproduçãoClique para ampliar  A Polícia Civil de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, continua as investigações para descobrir de quem é a ossada encontrada em um túmulo no Cemitério Parque do Espíri(Imagem:Reprodução)Ossada será levada para Belo Horizonte
A Polícia Civil de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, continua as investigações para descobrir de quem é a ossada encontrada em um túmulo no Cemitério Parque do Espírito Santo, na última quinta-feira (17). Os ossos serão encaminhados para o departamento de antropologia da Polícia Civil em Belo Horizonte.

Segundo o coveiro Deusdete Rodrigues, a descoberta da ossada foi uma surpresa. "Havia um corpo dentro da urna para cima e o outro virado para baixo sem a urna. Estava só de calça. É diferente porque geralmente não enterra sem estar dentro da urna", relatou.

Outro detalhe que chamou a atenção dos funcionários foi a posição dos ossos, como se o morto tivesse sido enterrado de barriga pra baixo. O secretário de Serviços Urbanos, Simonides Quadros, disse que o local é seguro. "Durante o dia o cemitério tem uma rotina de trabalho diário, de domingo a domingo. Então ele tem os plantões também ao final de semana, quando pode ocorrer sepultamento. À noite temos um sistema de ronda aqui que passa pelo IML, o velório e a portaria", disse.

A Polícia Militar (PM) registrou o boletim de ocorrência e uma equipe da Polícia Civil fez a perícia. De acordo com o delegado Marcelo Nunes Júnior, os ossos serão encaminhados para o Departamento de Antropologia, em Belo Horizonte. Ele trabalha com duas hipóteses para o caso. "A principio nós não tratamos como homicídio, mas não descartamos esta linha. Vamos ver se houve algum erro no cemitério, se houve algum outro corpo enterrado de forma errônea na cova, mas não descartamos a possibilidade de homicídio. Nós vamos acompanhar os laudos da antropologia forense que vai dizer como essa pessoa morreu e assim poderemos traçar outra linha de investigação", explicou.

Acompanhando o telejornal MGTV, a aposentada Célia Antônia Correira ficou sabendo do caso. A situação chamou a atenção da aposentada que tem um irmão desaparecido desde agosto de 2011. Ele era coveiro no mesmo cemitério em que os ossos foram encontrados. "Ficou um vazio dentro da gente. A gente procura ele para todos os lados e não temos notícia de nada. Então pelo menos pode ter essa possibilidade. Então a gente quer saber porque se não for ele ficaremos tranquilos. Temos esperança de ele estar vivo, mas quem sabe pode ser ele", afirmou.

A Polícia Civil entrou em contato com a aposentada e aguarda a perícia técnica para saber se a ossada é do irmão dela.
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Willame Moraes

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