Morre aos 100 anos na Itália o criminoso nazista Erich Priebke
Ex-oficial das SS cumpria prisão domiciliar em Roma.
O criminoso de guerra nazista Erich Priebke morreu nesta sexta-feira (11) em Roma aos 100 anos, segundo a imprensa local.
Priebke, que completou um século de vida no dia 29 de junho, foi um dos oficiais que organizou o massacre em cavernas nos arredores de Roma de 335 civis, entre eles 75 judeus, executados com um tiro na nuca no dia 24 de março de 1944, em represália por um ataque da resistência contra uma unidade das SS.
Detido na Argentina em 1994 depois de ter vivido tranquilamente neste país por mais de 40 anos, extraditado e julgado na Itália, onde cumpriu prisão domiciliar por razões de saúde, Priebke jamais pediu desculpas, nem manifestou arrependimento algum.
"Não choraremos por ele. Morreu um assassino que matou mais gente que um "serial killer". Alguém que não se arrependeu e que viveu uma vida longa, em parte feliz", lamentou Francesco Polcaro, presidente da Associação Nacional de Partisanos Italianos (ANPI).
O ex-capitão nazista gozou do apoio de vários movimentos pró-nazistas da Itália e da Europa, que garantiram a ele assistência legal e médica até o fim de sua vida.
"Suportou com dignidade anos de perseguição, convertendo-se em exemplo de coragem e coerência", comentou seu advogado e procurador, Paolo Giachini, depois de anunciar sua morte.
Segundo contou ao jornal "Il Corriere della Sera" um de seus amigos, Mario Merlino - conhecido como o "professor negro" por sua militância fascista - o ex-capitão alemão teria se convertido nos últimos anos ao cristianismo, lia textos sagrados e costumava se recolher para meditar depois de ter perdido quase completamente a memória.
Há 10 anos, uma festa organizada por seus 90 anos, assim como a saída pública a um restaurante provocaram protestos na Itália.
Sua presença em um restaurante romano em 2011 acompanhado por amigos, fotografada pela popular revista "Oggi", provocou indignação, em particular pela comunidade judaica, que pediu que seu caso fosse revisado.
Priebke foi autorizado em 1999 a deixar seu domicílio "durante o tempo estritamente necessário para a satisfação de necessidades indispensáveis", como as visitas médicas.
Os familiares das vítimas do maior massacre cometido pelas tropas nazistas na Itália esperaram por anos que pedisse desculpas pelo papel que teve como responsável pela operação.
Durante o processo realizado em Roma, Priebke, que compareceu em várias audiências, afirmou que se limitou a cumprir ordens.
Sebastiano di Lascio, advogado da associação de familiares de vítimas do massacre, chamou de chocante a negativa do ex-oficial nazista de pedir desculpas.
O fato de Priebke ter vivido até os 100 anos, enquanto suas vítimas, algumas das quais tinham 17 ou 18 anos, nunca terem conseguido envelhecer, era inaceitável para os sobreviventes e familiares.
O massacre das Fossas Ardeatinas, em março de 1944, foi ordenado em vingança por uma bomba detonada pela resistência nas ruas de Roma, que matou 33 soldados alemães.
Acredita-se que foi o próprio Adolf Hitler quem ordenou que 10 pessoas fossem mortas por cada alemão morto.
As vítimas foram reunidas no bairro judeu e outras, sobretudo detidos políticos, foram transferidas das prisões a uma rede de cavernas nos arredores da cidade, onde foram executadas.
O massacre durou horas e Erich Priebke era um dos oficiais responsáveis por organizar a ação.
Em julho, quando ele completou 100 anos, houve protestos em frente a sua residência em Roma.
Priebke, que completou um século de vida no dia 29 de junho, foi um dos oficiais que organizou o massacre em cavernas nos arredores de Roma de 335 civis, entre eles 75 judeus, executados com um tiro na nuca no dia 24 de março de 1944, em represália por um ataque da resistência contra uma unidade das SS.
Detido na Argentina em 1994 depois de ter vivido tranquilamente neste país por mais de 40 anos, extraditado e julgado na Itália, onde cumpriu prisão domiciliar por razões de saúde, Priebke jamais pediu desculpas, nem manifestou arrependimento algum.
"Não choraremos por ele. Morreu um assassino que matou mais gente que um "serial killer". Alguém que não se arrependeu e que viveu uma vida longa, em parte feliz", lamentou Francesco Polcaro, presidente da Associação Nacional de Partisanos Italianos (ANPI).
O ex-capitão nazista gozou do apoio de vários movimentos pró-nazistas da Itália e da Europa, que garantiram a ele assistência legal e médica até o fim de sua vida.
"Suportou com dignidade anos de perseguição, convertendo-se em exemplo de coragem e coerência", comentou seu advogado e procurador, Paolo Giachini, depois de anunciar sua morte.
Segundo contou ao jornal "Il Corriere della Sera" um de seus amigos, Mario Merlino - conhecido como o "professor negro" por sua militância fascista - o ex-capitão alemão teria se convertido nos últimos anos ao cristianismo, lia textos sagrados e costumava se recolher para meditar depois de ter perdido quase completamente a memória.
Há 10 anos, uma festa organizada por seus 90 anos, assim como a saída pública a um restaurante provocaram protestos na Itália.
Sua presença em um restaurante romano em 2011 acompanhado por amigos, fotografada pela popular revista "Oggi", provocou indignação, em particular pela comunidade judaica, que pediu que seu caso fosse revisado.
Priebke foi autorizado em 1999 a deixar seu domicílio "durante o tempo estritamente necessário para a satisfação de necessidades indispensáveis", como as visitas médicas.
Os familiares das vítimas do maior massacre cometido pelas tropas nazistas na Itália esperaram por anos que pedisse desculpas pelo papel que teve como responsável pela operação.
Durante o processo realizado em Roma, Priebke, que compareceu em várias audiências, afirmou que se limitou a cumprir ordens.
Sebastiano di Lascio, advogado da associação de familiares de vítimas do massacre, chamou de chocante a negativa do ex-oficial nazista de pedir desculpas.
O fato de Priebke ter vivido até os 100 anos, enquanto suas vítimas, algumas das quais tinham 17 ou 18 anos, nunca terem conseguido envelhecer, era inaceitável para os sobreviventes e familiares.
O massacre das Fossas Ardeatinas, em março de 1944, foi ordenado em vingança por uma bomba detonada pela resistência nas ruas de Roma, que matou 33 soldados alemães.
Acredita-se que foi o próprio Adolf Hitler quem ordenou que 10 pessoas fossem mortas por cada alemão morto.
As vítimas foram reunidas no bairro judeu e outras, sobretudo detidos políticos, foram transferidas das prisões a uma rede de cavernas nos arredores da cidade, onde foram executadas.
O massacre durou horas e Erich Priebke era um dos oficiais responsáveis por organizar a ação.
Em julho, quando ele completou 100 anos, houve protestos em frente a sua residência em Roma.
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