Rui Falcão é reeleito presidente do PT
Deputado será responsável por articulação de alianças para reeleger Dilma.
O deputado estadual Rui Falcão (SP) foi reeleito presidente nacional do PT, com novo mandato até o fim de 2017. Com 80% das urnas apuradas, ele já havia obtido 236.879 votos (70,16%) e, matematicamente, não podia mais ser alcançado pelo segundo colocado, Paulo Teixeira (66.809 votos; 19,8%). Além de Falcão e Teixeira, também concorreram ao comando nacional Markus Sokol, Valter Pomar, Renato Simões e Serge Goulart.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (12) pelo secretário nacional de organização do partido, Florisvaldo Souzana, na sede do PT em São Paulo. Os números finais do Processo de Eleição Direta (PED), destinado a renovar as direções nacional, estaduais e municipais do partido, deverão ser divulgados à 0h desta quarta.
As eleições estão definidas na maioria dos estados, mas em alguns deve haver segundo turno, entre os quais, Pará, Rio Grande do Sul e Amazonas. Rio de Janeiro e Pernambuco também estavam em situação indefinida.
Embora o PT informe ter 1,7 milhão de filiados, 806 mil estavam habilitados para votar. A previsão é que, ao final da apuração, tenha sido registro o comparecimento de cerca de 450 mil.
"O voto hoje é mais criterioso, as pessoas precisam passar por atividade partidária, tem que efetuar contribuição financeira. É um processo muito mais complexo. No PT, não é só voto. As pessoas têm que participar efetivamente do processo", disse Florisvaldo de Souza.
Rui Falcão afirmou logo após o anúncio da vitória que a prioridade do partido daqui em diante deve ser a reeleição da presidente Dilma Rousseff, ampliar as bancadas do partido na Câmara e no Senado e eleger os governos. Também destacou a necessidade de reforma política.
O deputado deverá conduzir as negociações das alianças políticas para a disputa da eleição de 2014, que determinarão a formação dos palanques nos estados para a candidatura à reeleição de Dilma.
O presidente reeleito do PT contou com o apoio do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e das principais lideranças do partido. Ele representa o grupo político majoritário no PT, formado pelas correntes Construindo um Novo Brasil, Novo Rumo e PT de Luta e de Massas, reunidas na chapa Partido que Muda o Brasil.
Rui Falcão, que já havia presidido o PT em 1994, voltou a ocupar a presidência em 2011, após o afastamento do então presidente, José Eduardo Dutra, por motivos de saúde. Antes dos dois, o PT já foi presidido por Lula (1980-1994); pelo ex-ministro José Dirceu (1995-2002); pelo deputado federal licenciado José Genoino (2002-2005); pelo governador Tarso Genro (2005); pelo deputado federal Ricardo Berzoini (2005-2006 e 2007-2010); e por Marco Aurélio Garcia (2006-2007), assessor de Assuntos Internacionais da presidente Dilma Rousseff.
Leia abaixo os principais temas que Falcão abordou em entrevista concedida nesta terça:
Dilma
"Temos de dar conta das tarefas para o próximo período. Entre as tarefas, a principal delas é a reeleição da presidente Dilma em condições com base em apoio no partido e na sociedade para que ela possa avançar ainda mais nas conquistas que tivemos nesse período desde o presidente Lula."
Alianças
"Vamos nos atirar agora à formalização das alianças com os partidos da base aliada. É uma tarefa que já se iniciou ao longo do PED, mas essas definições só se farão no ano que vem."
Lula
“Queria fazer um reconhecimento ao presidente Lula que incentivou a nossa candidatura, nos apoiou e como sempre é uma pessoa que nos orienta, que lidera o nosso partido e que seguramente vai ter um papel muito forte na campanha do ano que vem."
Objetivos eleitorais
"Nós temos como meta no ano que vem, além da reeleição da presidenta Dilma, aumentar as nossas bancadas, tanto nas assembleias, na Câmara e no Senado, manter os governos que temos hoje e eleger mais alguns. Essa é a nossa meta eleitoral. "
Mídia e reforma política
"Nós temos muita ênfase na continuidade da nossa campanha pela reforma política; recorrer mais a instrumentos de participação previstos na Constituição, como é o caso dos referendos, dos plebiscitos e da iniciativa popular legislativa e também nossa insistência para que a gente possa ter uma mídia mais democrática no Brasil, regulamentando a Constituição nos artigos que tratam da comunicação, banindo e evitando qualquer tipo de censura, inclusive nessa questão das biografias."
PSD
"Eu não tenho conhecimento se esses funcionários estavam lá desde a gestão Kassab ou se estavam lá desde a gestão Serra. Não tenho essa informação. De qualquer maneira, investigações sobre condutas de funcionários envolvidos em atividades irregulares dizem respeito à Corregedoria e ao Ministério Público e não dizem respeito à nossa tática eleitoral e às nossas alianças. Primeiro é preciso ver se o PSD tem a ver com as irregularidades apontadas. Não há nenhuma denúncia de que o partido faça parte ou que as pessoas investigadas sejam filiadas ao PSD."
Secretário em São Paulo
“Fui informado pelo secretário [de Governo, Antonio] Donato, cuja reputação para nós é inatacável, em quem nós depositamos toda a confiança, de que, por conta dessa bateria de denúncias infundadas que partem de pessoas que estão fazendo delação premiada, para ele não criar nenhum tipo de dificuldade para o governo e para fazer sua defesa com maior liberdade, iria se afastar do cargo de secretário. A decisão é de foro estritamente pessoal. “
O anúncio foi feito nesta terça-feira (12) pelo secretário nacional de organização do partido, Florisvaldo Souzana, na sede do PT em São Paulo. Os números finais do Processo de Eleição Direta (PED), destinado a renovar as direções nacional, estaduais e municipais do partido, deverão ser divulgados à 0h desta quarta.
As eleições estão definidas na maioria dos estados, mas em alguns deve haver segundo turno, entre os quais, Pará, Rio Grande do Sul e Amazonas. Rio de Janeiro e Pernambuco também estavam em situação indefinida.
Embora o PT informe ter 1,7 milhão de filiados, 806 mil estavam habilitados para votar. A previsão é que, ao final da apuração, tenha sido registro o comparecimento de cerca de 450 mil.
"O voto hoje é mais criterioso, as pessoas precisam passar por atividade partidária, tem que efetuar contribuição financeira. É um processo muito mais complexo. No PT, não é só voto. As pessoas têm que participar efetivamente do processo", disse Florisvaldo de Souza.
Rui Falcão afirmou logo após o anúncio da vitória que a prioridade do partido daqui em diante deve ser a reeleição da presidente Dilma Rousseff, ampliar as bancadas do partido na Câmara e no Senado e eleger os governos. Também destacou a necessidade de reforma política.
O deputado deverá conduzir as negociações das alianças políticas para a disputa da eleição de 2014, que determinarão a formação dos palanques nos estados para a candidatura à reeleição de Dilma.
O presidente reeleito do PT contou com o apoio do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e das principais lideranças do partido. Ele representa o grupo político majoritário no PT, formado pelas correntes Construindo um Novo Brasil, Novo Rumo e PT de Luta e de Massas, reunidas na chapa Partido que Muda o Brasil.
Rui Falcão, que já havia presidido o PT em 1994, voltou a ocupar a presidência em 2011, após o afastamento do então presidente, José Eduardo Dutra, por motivos de saúde. Antes dos dois, o PT já foi presidido por Lula (1980-1994); pelo ex-ministro José Dirceu (1995-2002); pelo deputado federal licenciado José Genoino (2002-2005); pelo governador Tarso Genro (2005); pelo deputado federal Ricardo Berzoini (2005-2006 e 2007-2010); e por Marco Aurélio Garcia (2006-2007), assessor de Assuntos Internacionais da presidente Dilma Rousseff.
Leia abaixo os principais temas que Falcão abordou em entrevista concedida nesta terça:
Dilma
"Temos de dar conta das tarefas para o próximo período. Entre as tarefas, a principal delas é a reeleição da presidente Dilma em condições com base em apoio no partido e na sociedade para que ela possa avançar ainda mais nas conquistas que tivemos nesse período desde o presidente Lula."
Alianças
"Vamos nos atirar agora à formalização das alianças com os partidos da base aliada. É uma tarefa que já se iniciou ao longo do PED, mas essas definições só se farão no ano que vem."
Lula
“Queria fazer um reconhecimento ao presidente Lula que incentivou a nossa candidatura, nos apoiou e como sempre é uma pessoa que nos orienta, que lidera o nosso partido e que seguramente vai ter um papel muito forte na campanha do ano que vem."
Objetivos eleitorais
"Nós temos como meta no ano que vem, além da reeleição da presidenta Dilma, aumentar as nossas bancadas, tanto nas assembleias, na Câmara e no Senado, manter os governos que temos hoje e eleger mais alguns. Essa é a nossa meta eleitoral. "
Mídia e reforma política
"Nós temos muita ênfase na continuidade da nossa campanha pela reforma política; recorrer mais a instrumentos de participação previstos na Constituição, como é o caso dos referendos, dos plebiscitos e da iniciativa popular legislativa e também nossa insistência para que a gente possa ter uma mídia mais democrática no Brasil, regulamentando a Constituição nos artigos que tratam da comunicação, banindo e evitando qualquer tipo de censura, inclusive nessa questão das biografias."
PSD
"Eu não tenho conhecimento se esses funcionários estavam lá desde a gestão Kassab ou se estavam lá desde a gestão Serra. Não tenho essa informação. De qualquer maneira, investigações sobre condutas de funcionários envolvidos em atividades irregulares dizem respeito à Corregedoria e ao Ministério Público e não dizem respeito à nossa tática eleitoral e às nossas alianças. Primeiro é preciso ver se o PSD tem a ver com as irregularidades apontadas. Não há nenhuma denúncia de que o partido faça parte ou que as pessoas investigadas sejam filiadas ao PSD."
Secretário em São Paulo
“Fui informado pelo secretário [de Governo, Antonio] Donato, cuja reputação para nós é inatacável, em quem nós depositamos toda a confiança, de que, por conta dessa bateria de denúncias infundadas que partem de pessoas que estão fazendo delação premiada, para ele não criar nenhum tipo de dificuldade para o governo e para fazer sua defesa com maior liberdade, iria se afastar do cargo de secretário. A decisão é de foro estritamente pessoal. “
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