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Governo da Itália diz que Pizzolato é cidadão livre no país

Ex-diretor do BB, condenado no mensalão, fugiu para evitar prisão.

O governo italiano informou nesta quinta-feira (21) que o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão e que fugiu do Brasil para evitar a prisão, é um cidadão livre no país – Pizzolato é brasileiro e tem cidadania italiana.

Por isso, afirmaram as autoridades, ele não será detido até que o governo brasileiro oficialize um pedido de extradição ou que a Interpol efetue a prisão – extradição é a entrega de uma pessoa acusada ou condenada por crimes ao país que a reclama.

O Ministério da Justiça do Brasil informou que não recebeu informações das autoridades italianas sobre a presença de Pizzolato naquele país. Mais cedo, o ministro José Eduardo Cardozo afirmou que, antes de um eventual pedido de extradição, ainda é preciso confirmou o "paradeiro" de Pizzolato.

Condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão, Henrique Pizzolato fugiu do Brasil para evitar a prisão, determinada na última sexta-feira (15) pelo ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Pizzolato tem dupla cidadania, brasileira e italiana.

Análise técnica da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, divulgada na quarta (20), afirma que Pizzolato reúne as condições para ser extraditado. Segundo o ministério, a extradição deve ser pedida por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça, a Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo providências para a extradição de Pizzolato. Se o Supremo concordar, caberá ao Ministério da Justiça formalizar o pedido.
PF investiga documento falso.

No Brasil, a Polícia Federal investiga quem falsificou um documento que registra o embarque de Pizzolato do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para a Itália na data de quarta-feira.
O documento foi feito em um dos guichês de imigração, mas mostra o nome do ex-diretor do BB escrito de forma errada (Pizzolatoo, com dois "o". A suspeita é de que um funcionário da PF tenha forjado o documento.
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