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Premiê da Itália diz que seu governo é mais forte sem partido de Berlusconi

Ex-premiê retirou apoio ao gabinete de Letta na véspera.

O premiê da Itália, Enrico Letta, disse nesta quarta-feira (27) que seu governo ficou ainda "mais forte" apesar de ter perdido o apoio dos parlamentares do partido de Silvio Berlusconi, Forza Italia.
"Quero evitar que se diga que os números com os quais a maioria conta são insuficientes. São números justos, mais fortes e mais unidos e que servirão para aplicar o programa governamental com determinação", disse.

O Forza Italia anunciou na véspera a saída do partido da maioria parlamentar por desacordos sobre o orçamento geral de 2014.

A saída ocorreu antes de o Senado votar a expulsão de Silvio Berlusconi de sua cadeira após condenação definitiva por fraude fiscal no caso Mediaset.

O governo se mantém de pé graças ao apoio do Novo Centro-Direita, grupo surgido do antigo partido de Berlusconi, liderado pelo vice-presidente do governo e ministro do Interior, Angelino Alfano, e que conta com 30 senadores.

A nova maioria conta com apenas seis votos a mais no Senado em relação à oposição, por isso bastaria uma distração ou várias ausências para pôr em perigo o Executivo.
Mas Letta lembrou que esta diferença de votos no Senado é a mesma que teve o partido de Berlusconi quando ganhou as eleições em 2008 e que permitiu concluir a legislatura.
No entanto, Letta anunciou que se reunirá nos próximos dias com os vários membros que formam a nova e heterogênea coalizão governamental para analisar os projetos de lei que estão pendentes de aprovação no Parlamento.
"Somos um governo sustentado por partidos políticos que fizeram, como na Alemanha, uma grande coalizão", acrescentou.
O governo italiano superou já seu primeiro obstáculo, ao aprovar na noite de terça-feira no Senado a lei de Orçamento Geral,
Além disso, Letta também poderia contar com os votos dos cinco senadores vitalícios, mas nem todos participam das votações devido à idade avançada.
Na Câmara dos Deputados, no entanto, a situação é mais tranquila e o governo conta com maioria de 386 votos, 70 a mais que a oposição.
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