"Celular é pior que arma no presídio", diz federação de agentes em MS
Presidente de federação fala sobre dificuldade de fiscalização. Detento disse que já pagou até R$ 1 mil para conseguir um telefone.
O presidente da Federação Sindical Nacional dos Servidores Penitenciários (Fenaspen) em Mato Grosso do Sul, Fernando Anunciação, disse ao G1 que há um mercado de celulares no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande. Ele diz que é difícil controlar a entrada e o uso dos aparelhos no presídio.
O comércio de celulares foi mostrado quando dois presidiários disseram que pagaram entre R$ 600 a R$ 1mil na compra de telefones celulares e, por meio dos aparelhos, coordenavam um grupo que, segundo a polícia, roubou quatro caminhões. (assista ao vídeo acima). Em nota enviada pela assessoria de imprensa ao G1 na quinta (19), a direção da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) afirmou que desconhecia a informação acerca do comércio de celulares no presídio e que vai apurar o caso.
"Celular é pior que uma arma no presídio. Porque o cara está preso, mas pelo celular consegue comandar o crime”, disse Anunciação. “Tem preso que conseguiu colocar dez celulares dentro do presídio. Eles alugam celulares e chips e ganham dinheiro em cima disso”, disse Anunciação.
Além disso, segundo ele, visitantes recebem dinheiro para entrar com celulares no local. “Em uma fiscalização, teve um travesti que escondeu um chip na trança. Os agentes só conseguiram encontrar o chip porque tinha denúncia.”
Anunciação disse que os métodos mais utilizados para levar celular para dentro do estabelecimento penal são visitas e o arremesso por cima dos muros da unidade, que fica no bairro Jardim Noroeste. Os aparelhos também entram escondidos em caminhões com alimentos e materiais.
Segundo Anunciação, o sistema de fiscalização é falho, pois a revista manual não é bem feita e o detector de metais e aparelho de raios-x não funcionam.
“[Fiscalização] não funciona porque são dois ou três agentes para vistoriar 400 visitantes por dia. Algumas coisas passam mesmo. Quando os agentes descobrem o jeito que estão fazendo, os presos vão e criam outro. Somente um bloqueio geral no sinal de celular resolveria”, relatou.
Na surdina
Conforme Anunciação, a quantidade de detentos dificulta a fiscalização de uso de celulares. “Geralmente eles usam no banho de sol. Tem 300 homens no pátio e não tem como entrar no meio, por isso a gente monitora de longe. À noite, geralmente não tem como entrar em uma cela que tem 20 presos em dois ou três agentes”, lamentou.
Hoje, segundo ele, 500 agentes monitoram 2,1 mil presos na Máxima.
O comércio de celulares foi mostrado quando dois presidiários disseram que pagaram entre R$ 600 a R$ 1mil na compra de telefones celulares e, por meio dos aparelhos, coordenavam um grupo que, segundo a polícia, roubou quatro caminhões. (assista ao vídeo acima). Em nota enviada pela assessoria de imprensa ao G1 na quinta (19), a direção da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) afirmou que desconhecia a informação acerca do comércio de celulares no presídio e que vai apurar o caso.
"Celular é pior que uma arma no presídio. Porque o cara está preso, mas pelo celular consegue comandar o crime”, disse Anunciação. “Tem preso que conseguiu colocar dez celulares dentro do presídio. Eles alugam celulares e chips e ganham dinheiro em cima disso”, disse Anunciação.
Além disso, segundo ele, visitantes recebem dinheiro para entrar com celulares no local. “Em uma fiscalização, teve um travesti que escondeu um chip na trança. Os agentes só conseguiram encontrar o chip porque tinha denúncia.”
Anunciação disse que os métodos mais utilizados para levar celular para dentro do estabelecimento penal são visitas e o arremesso por cima dos muros da unidade, que fica no bairro Jardim Noroeste. Os aparelhos também entram escondidos em caminhões com alimentos e materiais.
Segundo Anunciação, o sistema de fiscalização é falho, pois a revista manual não é bem feita e o detector de metais e aparelho de raios-x não funcionam.
“[Fiscalização] não funciona porque são dois ou três agentes para vistoriar 400 visitantes por dia. Algumas coisas passam mesmo. Quando os agentes descobrem o jeito que estão fazendo, os presos vão e criam outro. Somente um bloqueio geral no sinal de celular resolveria”, relatou.
Na surdina
Conforme Anunciação, a quantidade de detentos dificulta a fiscalização de uso de celulares. “Geralmente eles usam no banho de sol. Tem 300 homens no pátio e não tem como entrar no meio, por isso a gente monitora de longe. À noite, geralmente não tem como entrar em uma cela que tem 20 presos em dois ou três agentes”, lamentou.
Hoje, segundo ele, 500 agentes monitoram 2,1 mil presos na Máxima.
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