Prefeitura faz ação de combate à violência sexual contra crianças

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é lembrado em 18 de maio. A Fundação Municipal de Saúde, através da Gerência de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, vai realizar ação de conscientização nos dias 16 e 17 na Ponte Estaiada, zona Leste de Teresina, às 17h e 7h, respectivamente.

Durante a ação, serão distribuídas ventarolas que têm conteúdo informativo de onde encontrar os serviços de atenção às crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração. Haverá também exposição de painel com casos de violência existentes no Estado no ano de 2012 e 2013.

“Com essa atividade queremos lembrar a sociedade de que a temática da violência sexual contra crianças e adolescentes deve ser abordada afim de que possa ser compreendida como uma questão de política pública e não apenas como casos policiais. Nossas crianças e adolescentes precisam ter sua segurança garantida”, afirma o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Luiz Lobão, ao reforçar a importância da Prefeitura de Teresina ter assento no Comitê Piauiense de Enfrentamento à Violência Sexual.

A violência sexual pode ocorrer de duas formas: o abuso sexual e a exploração sexual. O abuso sexual é a utilização do corpo de uma criança ou adolescente para prática de qualquer ato de natureza sexual. Já a exploração sexual caracteriza-se pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção do lucro ou troca financeira ou de qualquer espécie.

A denúncia de alguma forma de violência sexual pode ser feita no Disque 100, Conselho Tutelar, delegacias, Polícia Militar, Polícia Federal ou Polícia Rodoviária Federal.

Mídia e abordagem de casos de violência sexual contra crianças

O Comitê Piauiense de Enfrentamento à Violência Sexual, que é uma instância de mobilização e formulação dos Planos Estadual e Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, cuja FMS faz parte, fez uma Carta de Adesão, apresentada em reunião com representantes da imprensa local para orientar os meios de comunicação na divulgação mais adequada de casos de violência.

A carta de adesão expõe que “ao informar um abuso sexual, por exemplo, a imagem da criança e de sua família é exposta, ocorrendo a revitimização e isso pode estar contribuindo para a banalização de atos bárbaros. Pode também contribuir para a crença de desvalia que permeia o universo de representação e significados de quem é vítima de abusos"


"Acreditamos que a mídia, bem orientada, pode se tornar uma forte ferramenta para ações que os operadores da Rede de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes do Estado do Piauí já executam”, informa ainda a carta de adesão.