Professora e agredida em sala de aula por barra acesso ao Facebook
Adolescente de 16 anos quebrou cabo da vassoura no braço da docente. Mulher de 40 anos registrou boletim de ocorrência em Pirassununga, SP.
Uma professora de escola pública levou uma vassourada de um aluno após proibi-lo de acessar o Facebook durante sua aula de sexta-feira (23), em Pirassununga (SP). O adolescente de 16 anos quebrou o cabo da vassoura na docente que teve luxação no braço.
“A que ponto chegou a sociedade? E se na próxima aula ele estiver com uma faca ou uma arma?” questionou a docente que pediu para não ser identificada.
A Secretaria da Educacão do Estado de Sao Paulo afirmou que imediatamente após o ocorrido, os responsáveis pelo aluno foram acionados e foi marcada uma reunião para definir as providências que serão tomadas.
O aluno da 8ª série da Escola Estadual Professor René Albers, na Vila Santa Fé, já tinha xingado a professora na quarta-feira (21) em sala de aula, mas em conversa com a diretora prometeu não mais ofendê-la.
Entretanto, dois dias depois, ele partiu para a agressão.
“Eu levei os alunos para a sala de informática e ele começou a mexer no Facebook. Eu disse que se ele quisesse ficar na aula, não poderia acessar a rede e teria que fazer atividade como todos os outros. Aí ele subiu na mesa e, então, eu pedi para ele sair da sala e ele já veio com o cabo para cima de mim”, contou a professora de geografia, que colocou o braço na frente para defender o rosto e foi atingida.
A mulher de 40 anos foi levada ao pronto-socorro, onde passou por exames e foi medicada. Na docência há 10 anos, ela disse que nunca passou por situação parecida e agora está com medo de voltar para a sala de aula.
“Esta noite eu não consegui dormir, estou apavorada. Eu não sei o que se passa na cabeça dele. Eu gosto dos alunos, não tenho nada contra a direção da escola, mas estou me sentindo ameaçada. E se ele resolve me matar? Eu vou ser só mais um número na estatística”, desabafou a docente.
Esta não foi a primeira vez que um caso de violência foi registrado nesta escola, segundo um ex-professor. “No ano passado, alunos jogaram ovo em um professor e riscaram o carro de outra professora. Eu já não leciono mais aqui e vários amigos não querem mais dar aula nesta unidade”, comentou o rapaz que também não quis ser identificado.
Após o incidente, a professora vai ficar afastada do trabalho por 10 dias. “No ano que vem eu vou pedir transferência para outra escola também, mas até lá, não sei se consigo voltar, tenho muito medo”, finalizou.
Nota
A Secretaria da Educacão do Estado de Sao Paulo afirmou, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, que uma reunião será realizada sobre o assunto.
Confira abaixo a nota na íntegra:
A Diretoria Regional de Ensino de Pirassununga repudia qualquer ato de violência, um problema social que exige várias frentes de atuação, e informa que todas as medidas cabíveis à direção da escola foram tomadas.
Imediatamente após o ocorrido, os responsáveis pelo aluno foram acionados e foi marcada uma reunião para, em conjunto com o conselho tutelar, conselho escolar e o professor mediador, definir as providencias com o estudante. A Diretoria de Ensino também já entrou em contato com a professora para dar todo apoio necessário.
Outros casos na região
Em Itirapina, uma professora de português de 27 anos morreu após ser esfaqueada dentro da escola, em março deste ano. O autor do crime, um aluno de 33 anos, foi preso horas depois.
Ele disse, em depoimento à polícia, que matou Simone Lima porque estava com raiva dela. Segundo testemunhas, Thomas Hiroshi Haraguti era apaixonado por Simone e estaria bravo por não ser correspondido.
E em Araraquara, uma professora de 50 anos passou mal e morreu após discutir com um aluno de 8 anos, durante uma aula na Escola Estadual Professora Jandyra Nery Gatti, no Jardim Imperador.
Isabel Cristina Sampaio apresentou sintomas de infarto logo após se desentender com um dos alunos do 2º ano do ensino fundamental da unidade escolar. Segundo funcionários, o aluno já havia apresentado problemas outras vezes.
“A que ponto chegou a sociedade? E se na próxima aula ele estiver com uma faca ou uma arma?” questionou a docente que pediu para não ser identificada.
A Secretaria da Educacão do Estado de Sao Paulo afirmou que imediatamente após o ocorrido, os responsáveis pelo aluno foram acionados e foi marcada uma reunião para definir as providências que serão tomadas.
O aluno da 8ª série da Escola Estadual Professor René Albers, na Vila Santa Fé, já tinha xingado a professora na quarta-feira (21) em sala de aula, mas em conversa com a diretora prometeu não mais ofendê-la.
Entretanto, dois dias depois, ele partiu para a agressão.
“Eu levei os alunos para a sala de informática e ele começou a mexer no Facebook. Eu disse que se ele quisesse ficar na aula, não poderia acessar a rede e teria que fazer atividade como todos os outros. Aí ele subiu na mesa e, então, eu pedi para ele sair da sala e ele já veio com o cabo para cima de mim”, contou a professora de geografia, que colocou o braço na frente para defender o rosto e foi atingida.
A mulher de 40 anos foi levada ao pronto-socorro, onde passou por exames e foi medicada. Na docência há 10 anos, ela disse que nunca passou por situação parecida e agora está com medo de voltar para a sala de aula.
“Esta noite eu não consegui dormir, estou apavorada. Eu não sei o que se passa na cabeça dele. Eu gosto dos alunos, não tenho nada contra a direção da escola, mas estou me sentindo ameaçada. E se ele resolve me matar? Eu vou ser só mais um número na estatística”, desabafou a docente.
Esta não foi a primeira vez que um caso de violência foi registrado nesta escola, segundo um ex-professor. “No ano passado, alunos jogaram ovo em um professor e riscaram o carro de outra professora. Eu já não leciono mais aqui e vários amigos não querem mais dar aula nesta unidade”, comentou o rapaz que também não quis ser identificado.
Após o incidente, a professora vai ficar afastada do trabalho por 10 dias. “No ano que vem eu vou pedir transferência para outra escola também, mas até lá, não sei se consigo voltar, tenho muito medo”, finalizou.
Nota
A Secretaria da Educacão do Estado de Sao Paulo afirmou, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, que uma reunião será realizada sobre o assunto.
Confira abaixo a nota na íntegra:
A Diretoria Regional de Ensino de Pirassununga repudia qualquer ato de violência, um problema social que exige várias frentes de atuação, e informa que todas as medidas cabíveis à direção da escola foram tomadas.
Imediatamente após o ocorrido, os responsáveis pelo aluno foram acionados e foi marcada uma reunião para, em conjunto com o conselho tutelar, conselho escolar e o professor mediador, definir as providencias com o estudante. A Diretoria de Ensino também já entrou em contato com a professora para dar todo apoio necessário.
Outros casos na região
Em Itirapina, uma professora de português de 27 anos morreu após ser esfaqueada dentro da escola, em março deste ano. O autor do crime, um aluno de 33 anos, foi preso horas depois.
Ele disse, em depoimento à polícia, que matou Simone Lima porque estava com raiva dela. Segundo testemunhas, Thomas Hiroshi Haraguti era apaixonado por Simone e estaria bravo por não ser correspondido.
E em Araraquara, uma professora de 50 anos passou mal e morreu após discutir com um aluno de 8 anos, durante uma aula na Escola Estadual Professora Jandyra Nery Gatti, no Jardim Imperador.
Isabel Cristina Sampaio apresentou sintomas de infarto logo após se desentender com um dos alunos do 2º ano do ensino fundamental da unidade escolar. Segundo funcionários, o aluno já havia apresentado problemas outras vezes.
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