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Secretário de Segurança Robert Rios diz que não se responsabiliza por saúde de presos

O secretário afirmou que não se responsabiliza pelo estado de saúde de nenhum preso do local.

O secretário de Segurança do Estado, Robert Rios, falou na tarde desta quinta-feira (29), sobre a situação dos presos na Central de Flagrantes de Teresina. O secretário afirmou que não se responsabiliza pelo estado de saúde de nenhum preso do local. Atualmente são mais de vinte pessoas presas, aguardando uma determinação da Justiça.

“A situação na Central de Flagrantes está incontrolável. Eu não sou responsável pelo estado de saúde de nenhum preso que está neste tipo de cela. Estas celas são para os presos ficarem somente enquanto é feito o flagrante”, pontua. No local existe apenas uma cela, onde os presos em flagrante deveriam permanecer somente enquanto eram autuados e em seguida transferidos para uma unidade prisional do Estado.

Na última sexta-feira (23), a advogada Carol Jericó, publicou em seu blog Nos bastidores da justiça, no Portal AZ, a denúncia da advogada Shardenha Vasconcelos, que tentou falar com um cliente que estava preso na Central de Flagrantes da capital e não obteve êxito. A advogada conta que ficou impressionada com a quantidade de pessoas presas no local e as condições a que estavam expostas.

Padre Lauro

Sobre as investigações a cerca da morte do padre Lauro de Deus, Robert Rios afirma que o religioso cometeu suicídio; porém os laudos periciais ainda não foram concluídos. O padre foi encontrado morto no último dia 14, por técnicos da Eletrobras na BR 316, próximo a estaca zero, com sinais de enforcamento. O carro do padre Lauro, um Siena azul, estava abandonado na rodovia.

ECA

Quanto aos vários crimes que vêm sendo cometidos por crianças e adolescentes, Robert Rios disse que o Brasil não está preparado para enfrentar a situação e que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não funciona e defende a criação de presídios escolas.

“O Brasil tem que repensar toda sua política pública para criança e adolescente. Aqui em Teresina, o adolescente que vai preso, diz para o policial: ‘eu sou menor, daqui a pouco eu tou de volta’. Nós temos que criar presídios escolas, para transformar o marginal em um cidadão. Hoje a gente devolve ele para as ruas, e ele volta pior do que entrou. Uma lei boa é uma lei que funciona. Nesses dez anos aumentou o número de crianças nas drogas, no crime; então a lei não é boa. Temos que ter uma lei que funcione”, ressalta.


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