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Policial Antônio Luis assassinado no Maranhão é enterrado em Teresina

Familiares, amigos e companheiros de trabalho estiveram presentes no funeral.

Com muita comoção, choro, revolta e sentimento de perda e ingratidão, os familiares e amigos de Antonio Luis Marques sepultaram o corpo de mais um policial que foi morto de forma covarde na madrugada de ontem em Timon. Ele deixou uma esposa, quatro filhos e dois netos, que neste momento de dor, palavras não conseguiriam expressar o sentimento de ver alguém tão próximo morrer por fruto da injustiça social e desequilíbrio arbitrário das leis que moldam o país.

Ao som de “Segura na mão de Deus e vai”, a família, em especial os filhos, gritavam aos prantos: “Tá doendo!”, “Ô, Paisinho!”, “Obrigada por tudo, Pai!”, “Eu vou te amar para sempre!”, enquanto a esposa de Antonio Luis Marques consolava cada um.

Em menos de vinte dias, três policiais militares do Piauí foram assassinados. “Se fosse um policial que tivesse matado algum bandido, essa hora ele já estava detido em algum Batalhão”, afirmou o PM aposentado Vanderlei Gomes de Sousa. “O que nós, como amigos da família, queremos são leis rigorosas, inclusive para quem matar militar. O que eles estão fazendo é uma afronta para a sociedade, para o Estado porque eles não respeitam a nossa farda, eles não respeitam a família”, disse sobre o sentimento de dor.

O Coronel Edvaldo Marques, ex-comandante da Polícia Militar do Piauí, atual vereador de Teresina e sobrinho da vítima, também esteve presente no enterro e lamentou profundamente a violência que assola tanto o país, como também e de forma profunda o Estado. “Aqui está ficando como o restante do país, onde o PM tem que se esconder atrás da farda. A gente só confia em Deus. O problema é social, pois estamos reféns da impunidade. Os policiais militares são heróis e merecem respeito”, afirmou.

“Há duas semanas eu tive o desprazer de tocar para um amigo de farda e hoje estou aqui novamente”, relatou um policial da Banda da Polícia Militar, antes de tocar “Silêncio Funeral”.
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Willame Moraes

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