Polícia Federal: Friboi, Sadia e Seara vendiam carne estragada
As investigações apuraram que carnes podres, fora do prazo de validade, tinham etiquetas trocadas e eram vendidas normalmente.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (17), a operação “Carne Fraca” com objetivo de apurar o envolvimento de empresários e fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em esquema que fornecia licenças irregulares para frigoríficos. As investigações apontam que grandes empresas do ramo alimentício, como Friboi, Seara, Sadia e Perdigão, vendiam carne estragada e fora do prazo de validade.
“Os proprietários dessas empresas não prezam e não se importam de forma alguma com os produtos que estão sendo distribuídos no mercado”, disse o delegado Maurício Moscado, durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (17). O delegado disse ainda que não pode afirmar quando o esquema de fraude teria iniciado.
- Foto: DivulgaçãoPolícia Federal
A polícia apontou que fiscais recebiam propina para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva. A carne era distribuída em estabelecimentos em todo o Brasil e exportada para Europa.
“Dentre as ilegalidades praticadas no âmbito do setor público, denota-se a remoção de agentes públicos, com desvio de finalidade para atender interesses dos grupos empresariais. Tal conduta permitia a continuidade delitiva de frigoríficos e empresas do ramo alimentício que operavam em total desrespeito à legislação vigente", diz a nota enviada pela Polícia Federal.
As investigações apuraram que carnes podres, fora do prazo de validade, tinham etiquetas trocadas e eram vendidas normalmente.
A Operação
A Polícia Federal investiga o caso há cerca de dois anos, com a suspeita de que o esquema seria liderada por fiscais agropecuários e empresários do ramo de agronegócio. Se constatadas as suspeitas, os envolvidos serão indiciados por crimes contra a Saúde Pública.
Hoje (17), estão sendo cumpridos 309 mandados judiciais, sendo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e empresas suspeitas de participação no esquema. Os mandados estão sendo cumprido nas cidades de São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
A justiça determinou o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1 bilhão. Entre os investigados está a BRF, conglomerado que surgiu da fusão da Sadia e Perdigão; e a JBS, responsável por marcas como Friboi, Seara, Big Frango e Resende.
Confira lista dos investigados AQUI.
Veja a decisão da 14ª Vara Federal em Curitiba:
Operação Carne Fraca
Polícia Federal
-
Ciro Nogueira apresenta projeto de lei para reforçar segurança em compras online
O senador destacou que a iniciativa é uma resposta à necessidade urgente de proteger consumidores diante do aumento de golpes digitais. -
Cantor Agnaldo Rayol morre aos 86 anos em São Paulo
A causa da morte teria sido uma queda em seu apartamento. -
As vésperas do Enem 2024 candidatos conferem locais de prova
O Inep recomenda que os candidatos levem o cartão de confirmação impresso nos dois dias de exame, embora isso não seja uma exigência para a participação. -
Mais de 40 apostas realizadas no Piauí acertam a quadra na Mega-Sena
De acordo com a Caixa Econômica Federal, os números sorteados foram: 29 - 32 - 40 - 42 - 49 - 58. -
Segundo turno das eleições municipais de 2024 acontece neste domingo
Ao todo, mais de 33 milhões de eleitoras e eleitores estão aptos a votar em 51 municípios
E-mail
Messenger
Linkedin
Gmail
Tumblr
Imprimir