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Iracema Portela é acusada de receber parte do salário de servidor

O servidor Rogério Oldacir, da Câmara Distrital de Brasília, relatou a Polícia Federal que fazia os repasses mensalmente a deputada federal, desde março do ano de 2017.

A deputada federal Iracema Portella (PP-PI) está sendo acusada de ter recebido parte do salário de um servidor comissionado da Câmara Legislativa, após o servidor ser nomeado para o ‘Cargo Especial de Gabinete” em março de 2017. Atualmente o servidor trabalha no gabinete do deputado Cristiano Araújo (PSD).

  • Foto: Facebook / Iracema PortellaIracema PortellaIracema Portella

De acordo com informações do G1 o servidor identificado como Rogério Oldacir Rodrigues Cavalheiro, relatou durante depoimento à Polícia Federal, que repassava parte do salário recebido na Câmara Legislativa à esposa do senador Ciro Nogueira, desde o ano de 2017, quando a Iracema ofertou o cargo ao servidor.

O combinado entre Rogério Oldacir e a deputada era de que o servidor ficaria apenas com R$ 4 mil do seu salário mensal e enviaria o restante para Iracema. De acordo com ele, na época em que combinou os repasses com a deputada, desconhecia que a prática era ilegal e precisava do dinheiro para auxiliar no tratamento da mãe, diagnosticada com câncer.

O servidor do gabinete de Cristiano Araújo, segundo a Polícia Federal, recebia na época o salário líquido de cerca de R$ 11,7 mil por mês. No mês de junho de 2017, o pagamento foi de R$ 17.070,64. A assessoria de Cristiano Araújo teria informado ao G1 que Rogério Oldacir realmente trabalha no gabinete, mas disse também que ele não tem nenhuma relação política com Iracema. Segundo a assessoria, Cristiano Araújo desconhece que o servidor tenha feitos os repasses afirmados.

  • Foto: ReproduçãoTrecho do depoimento do servidor a Polícia Federal.Trecho do depoimento do servidor a Polícia Federal.

A Polícia Federal descobriu o esquema durante uma busca realizada na casa do presidente do Progressistas, Ciro Nogueira em cumprimento de um mandado de busca e preensão pela operação Metanoia, ligada a Lava Jato.

Foi encontrado na casa, um envelope com R$ 8,2 mil em dinheiro, envoltos em dois contracheques de Rogério Oldacir. Segundo a Polícia Federal, estava escrito no embrulho “entregar nas mãos da Dep”.  Rogério Oldacir afirmou para a polícia durante interrogatório que teria conhecido Iracema e Ciro há 10 anos “através de seu companheiro”.

O dinheiro era repassado em espécie a deputada federal, por meio do assessor denominado ‘Afonso’ que entregava as parcelas pessoalmente para Iracema.

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