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MPF pede afastamento de 14 membros da mineradora Vale

A recomendação teve por base as evidências obtidas até o momento sobre o envolvimento das pessoas indicadas em fatos relacionados ao rompimento da barragem B1, em 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho.

O Ministério Público Federal e o Ministério Público de Minas Gerais expediram, na última sexta-feira (1º), uma recomendação a membros do Conselho de Administração da VALE S.A. para que promovessem o imediato afastamento de 14 pessoas do exercício de quaisquer funções e atividades nas empresas integrantes do grupo. Os órgãos ministeriais também querem que essas pessoas fiquem proibidas de acessar quaisquer prédios ou instalações da Vale, bem como que deixem de obter assuntos de teor estritamente profissional.

A recomendação teve por base as evidências obtidas até o momento sobre o envolvimento das pessoas indicadas em fatos relacionados ao rompimento da barragem B1, em 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho, que resultou na morte de centenas de pessoas, além de graves danos econômicos, sociais e ambientais, ainda não mensurados em toda a sua extensão.

Entre outros fundamentos, destaca-se que foi constatada na investigação a existência de condenável situação de conflito de interesses entre a mineradora e empresas prestadoras de serviços na área de auditoria de segurança de barragens, permitindo pressões e ameaças aos auditores externos que resultaram na indevida redução dos parâmetros mínimos do Fator de Segurança utilizado para avaliação da estabilidade da barragem B1.

Até ontem, chegou ao conhecimento das autoridades que o presidente Fábio Schvartsman e os diretores Gerd Peter Poppinga, Lucio Flávio Gallon Cavalli e Silmar Magalhães Silva solicitaram seu afastamento da administração da Vale.

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