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Senado Federal defende saída pacífica para conflito na Venezuela

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) manifestou nesta quinta-feira (2) “profunda preocupação com os recentes acontecimentos.

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) manifestou nesta quinta-feira (2) “profunda preocupação com os recentes acontecimentos na Venezuela”. Em comunicado oficial lido pelo presidente da comissão, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o colegiado lamentou a morte de civis em decorrência do acirramento dos conflitos no país vizinho e reiterou a expectativa por uma saída pacífica para a crise. Para os senadores, o Brasil deve auxiliar na resolução da crise por vias democráticas.

  • Foto: Pedro França/Agência SenadoComissão de Relações Exteriores se posiciona sobre conflito na Venezuela.Comissão de Relações Exteriores se posiciona sobre conflito na Venezuela.

“Reiteramos nossa expectativa de uma transição democrática em um processo pacífico e de respeito aos direitos humanos. Nosso país continuará a exercer pressão diplomática”, afirmou Nelsinho.

Após a leitura do comunicado, vários senadores ressaltaram a tradição diplomática brasileira e rechaçaram qualquer intervenção militar brasileira na Venezuela. Líder da minoria no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que o Brasil não pode ser “porta-voz de nenhuma aventura bélica e militar no país vizinho”.

“A ditadura existente na Venezuela desse ser esgotada de forma diplomática”, defendeu.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) avaliou que a situação na Venezuela e na fronteira brasileira, em especial no município de Pacaraima (RR), é “dramática”. Segundo ele, o governo não tem interesse em se envolver em um conflito militar contra a Venezuela, mas tem agido no sentido e garantir assistência e ajuda humanitária aos venezuelanos que se refugiam no Brasil.

“É um problema que só vai se resolver ao se restabelecer a democracia na Venezuela”, afirmou.

Mecias de Jesus (PRB-RR) pediu maior assistência do governo ao estado de Roraima e disse não acreditar numa solução pacífica a curto prazo. Para o senador, a tendência é que a tensão entre Nicolás Maduro e Juan Guaidó se intensifique.

“Não creio que haverá condições da Venezuela sair da situação em que se encontra hoje sem um confronto armado entre eles”, avaliou.

O presidente da CRE informou que a subcomissão criada para discutir a crise da Venezuela deverá se reunir na segunda-feira (6), às 14h, para ouvir o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato dos Santos, sobre a situação no município.

Com informações da Agência Senado.

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