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Após críticas, Jair Bolsonaro irá exonerar presidente do Inpe

O presidente da República acusou o Inpe de mentir sobre os dados do desmatamento na Amazônia e agir a “serviço de alguma ONG”.

Nesta sexta-feira, 2 de agosto, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Magnus Osório Galvão, afirmou que será exonerado do cargo. O diretor fez o anúncio após se reunir com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, em Brasília.

No mês de julho, o presidente Jair Bolsonaro acusou o órgão de mentir sobre os dados do desmatamento na Amazônia e agir a “serviço de alguma ONG”. Ricardo Galvão rebateu as acusações do presidente Bolsonaro e criticou falas e posicionamentos dados por ele.

“Minha fala sobre o presidente gerou constrangimento, então eu serei exonerado”, disse Ricardo. Em sua fala, ele informou que teria um mandato de quatro anos a frente do Inpe, mas que o regimento interno prevê a sua substituição em uma situação de “perda de confiança”. “Tive uma conversa muito cortês com o ministro Marcos Pontes e concordo com a minha exoneração”, comentou.

Os alertas do desmatamento no Brasil registraram altas de 88% no mês de junho e 212% no mês de julho, conforme relatório divulgado pelo Inpe. Os dados foram compilados pelo órgão através de um sistema denominado Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

O governo de Jair Bolsonaro afirma que a medição do Deter não deve ser usada para gerar dados percentuais, e que os dados consolidados sobre o desmatamento são divulgados pelo Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes).

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