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Auxílio Emergencial: Saiba como é feita a análise dos trabalhadores

Segundo informações da Dataprev, foram realizados 32 milhões de cadastros entre os dias 7 e 10 de abril pelo site ou aplicativo do auxílio e 15,2 milhões foram considerados elegíveis.

Para ajudar os brasileiros financeiramente diante da pandemia da Covid-19 após as medidas de isolamento e fechamento do comércio, o Governo Federal disponibilizou o auxílio emergencial, porém, muitos trabalhadores têm encontrado dificuldades para ter o dinheiro liberado.

O Ministério da Cidadania divulgou como é feita a análise dos dados informados para que o cidadão tenha direito ao auxílio emergencial. Primeiro, é necessário que realizar o cadastro, caso o trabalhador não esteja no Cadastro Único ou no programa Bolsa Família.

  • Foto: DivulgaçãoDinheiroApós o cadastro, os dados são cruzados com 33 milhões de registros do CNIS

Após realizar o cadastro, os dados são enviados à empresa pública responsável por identificar quem tem direito ao benefício, a Dataprev. A empresa coleta os dados que são cruzados com mais de 33 milhões de registros no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

Com a conclusão da análise, a Dataprev envia a indicação das famílias com direito a receber o auxílio para o Ministério da Cidadania, onde os dados são homologados e devolvidos para a Dataprev, que será responsável por enviar as informações para a Caixa Econômica Federal, que apenas irá realizar os pagamentos.

Auxílio negado

O auxílio emergencial de R$ 600 reais pode ser negado pelos seguintes quesitos: ter menos de 18 anos de idade; ter emprego ativo com carteira assinada e tenha recebido remuneração nos últimos três meses; receber benefício do INSS, ser pensionista, aposentado ou beneficiário de Prestação Continuada (BPC); ser beneficiário do seguro desemprego, seguro defeso ou do programa de transferência de renda federal.

Segundo o Ministério da Cidadania, também podem ter o auxílio negado as pessoas que possuírem renda familiar mensal acima de três salários mínimos (R$ 3.135,00); ter recebido rendimentos tributários acima de R$ 28.559,70 em 2018 ou que precisou declarar imposto de renda neste mesmo ano e não ser Micro Empreendedor Individual (MEI), contribuinte individual do INSS, não ser trabalhador informal ou autônomo.

De acordo com o Governo, apesar de o benefício ser concedido automaticamente para quem está no Cadastro Único ou recebe Bolsa Família, não significa que todos serão contemplados. Isso porque há um limite de até dois trabalhadores que podem receber o benefício por família.

Benefícios aprovados

Segundo informações da Dataprev, foram realizados 32 milhões de cadastros entre os dias 7 e 10 de abril pelo site ou aplicativo do auxílio, e 15,2 milhões foram considerados elegíveis. Conforme a empresa, 1,6 milhões necessitam de revisão cadastral, 3,5 milhões foram classificados como inelegíveis e 1,7 milhão precisam de processamento adicional.

Problemas com o pagamento

Muitos trabalhadores relatam que apesar de terem sido aprovados ainda não receberam o pagamento, mesmo após os três dias úteis previstos para a liberação do benefício.

Segundo a Caixa, aproximadamente 75 milhões de brasileiros já receberam a resposta sobre o auxílio emergencial após a análise feita pela Dataprev e que pagará até o próximo dia 30 mais R$ 7,6 bilhões para aproximadamente 9,6 milhões beneficiários do Bolsa Família, além dos R$ 23,5 bilhões já pagos para 33,2 milhões de pessoas.

Na última segunda-feira (20), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou que quem foi aprovado, mas não recebeu a primeira parcela, poderá receber duas de uma só vez.

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