Inflação registra alta de 1,20% no mês de outubro, aponta IBGE
Conforme o IBGE, esta variação é considerada a maior para o mês de outubro há pelo menos 30 anos, desde 1995, quando o índice se encontrava em 1,34%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (26) que o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) obteve uma variação este mês de outubro ficando 1,20%, equivalente ao ponto percentual de 0,06 acima da taxa do mês anterior, em setembro a variação era de 1,14%.
Conforme o IBGE, esta variação é considerada a maior para o mês de outubro há pelo menos 30 anos, desde 1995, quando o índice se encontrava em 1,34% e é a maior variação mensal desde fevereiro de 2016, que obteve 1,42%. O IPCA calcula a prévia da inflação oficial no país.
A alta acumulada do IPCA é de 8,20% no ano, e em relação a 12 meses o índice é de 10,34%, considerado 10,05% acima da variação instantaneamente registrada nos 12 meses anteriores. Neste mesmo mês de outubro do ano passado, a taxa registrada era de 0,94%
Ainda segundo os dados do IBGE, a energia elétrica no mês de outubro sofreu variação de 3,91% se destacando no grupo referente a habitação. Esta alta é devido a bandeira tarifária escassez hídrica, que adicionou R$ 14,20 as faturas de energia para cada 100kW/h consumidos, o acréscimo mais alto entre todas as bandeiras instituídas.
“Durante o período base do IPCA-15, vigorou tanto a bandeira escassez hídrica, na primeira quinzena de setembro, quanto a bandeira vermelha patamar 2, na segunda quinzena de agosto. Outra contribuição importante dentro do grupo veio do gás de botijão (3,80%), cujos preços subiram pelo 17º mês consecutivo e acumulam, em 2021, alta de 31,65%”, explica o IBGE.
As passagens áreas terão alta de 34,35%, obtendo destaque no grupo de transportes, com um impacto equivalente a 0,16 ponto percentual. Os preços das passagens aumentaram em todas as regiões brasileiras, sendo a mais cara registrada em Recife (47,52%). O menor preço é o de Goiânia (11,56%).
Além disso, o setor de transportes registrou a maior variação (2,06%), com os automóveis novos (1,64%), usados (1,56%) e as motocicletas (1,27%) apresentando uma variação mensal positiva. Os veículos usados tiveram esse aumento devido a 13ª alta consecutiva, com um acumulo da variação em 13,21%, registrado nos últimos 12 meses.
De acordo com o IPCA, o combustível segue em alta registrando inflação de 2,03% e aumentando os preços, como foi anunciado pela Petrobras esta semana. A gasolina representa o maior peso dessa inflação, pois acumulou cerca de 40,44% registrado em 12 meses, o que resultou em uma elevação de 1,85%. Já os outros combustíveis também registraram está elevação, sendo eles o etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%).
O setor alimentício e de bebidas também foi impactado com a alimentação no domicílio registrando inflação de 1,54% em outubro, uma alta de 0,03% desde o mês de setembro que apresentava 1,51%. As frutas aumentaram em 6,41% de preço, o que resultou em um impacto de 0,06 ponto percentual. O tomate (23,15%), a batata inglesa (8,57%), o frango em pedaços (5,11%), o café moído (4,34%) o frango inteiro (4,20%) e do queijo (3,94%) também estão mais caros nas prateleiras dos mercados.
O consumidor também vai notar uma queda nos preços da cebola, que registrou pelo nono mês consecutivo o índice de -2,72%. O arroz componente principal na alimentação do brasileiro também sofre o impacto registrando -1,06%. As carnes que tiveram apresentaram aumento durante 16 meses seguidos, registra uma baixa de 0,31%.
Ainda segundo o IBGE, a alimentação fora registrou aumento na transição de setembro (0,69%) para outubro (0,97%), o lanche (1,71%) é o principal fator para este aumento, no mês anterior ele apresentou um recuo de 0,46%. Dentro deste setor a menor alta registrada foi a da refeição (0,52%), que no mês de setembro era de 1,31%.
Por fim, o levantamento realizado pelo IBGE apresenta alta para este mês em outubro em todas as áreas pesquisadas. Curitiba apresenta a maior variação mensal de 1,58%, com aumento nos preços da energia elétrica (4,15%) e da gasolina (3,47%). Já Belém é a cidade com mais queda dos preços por conta da baixa nos preços do açaí (-4,74%), das carnes (-0,98%) e dos itens para higiene pessoal (-0,64%).
Com informações da Agência Brasil.
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