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Conta de luz vai ficar 6,78% mais cara com nova bandeira tarifária

A nova taxa será de R$ 14,20/100kWh, quase 50% acima da bandeira atual, e valerá para todos os consumidores de 1º de setembro de 2021 a 30 de abril de 2022.

Nessa terça-feira (31), a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), formada para enfrentar a crise hídrica, anunciou que determinou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a implementação de bandeira inédita da conta de luz, chamada de bandeira "Escassez Hídrica".

Conforme a Creg, o aumento na tarifa média será de 6,78%. A nova taxa será de R$ 14,20/100kWh, quase 50% acima da bandeira atual, e valerá para todos os consumidores de 1º de setembro de 2021 a 30 de abril de 2022.

  • Foto: Ministério de Minas e EnergiaEntenda o efeito da bandeira escassez hídrica pelas contas do governo BolsonaroEntenda o efeito da bandeira escassez hídrica pelas contas do governo Bolsonaro

As exceções ficam por parte dos moradores do estado de Roraima e os cidadãos de baixa renda que aderem à tarifa social da conta de luz.

Este novo reajuste contraria decisão da própria Aneel, anunciada na última sexta-feira (27), de manter a conta de luz no patamar da bandeira vermelha, que cobra taxa adicional de R$ 9,49/100kWh.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o aumento por conta do alto custo de geração de energia através das usinas termelétricas, de alto custo e que substituem as hidrelétricas neste momento de seca.

"A arrecadação já realizada via Bandeiras Tarifárias, no atual patamar vermelho 2, é insuficiente para fazer frente aos custos reais observados e previstos, considerando a garantia do suprimento eletroenergético", disse.

A conta de luz teve seu primeiro aumento em junho, pouco depois do governo anunciar que o país passaria em 2021 pela maior crise hídrica em 91 anos. O Ministério de Minas e Energia ainda anunciou outros reajustes dentro da bandeira vermelha nos meses seguintes, até estabelecer nesta terça a nova bandeira. 

A situação piorou depois que os meses de julho e agosto tiveram ainda menos chuvas do que o esperado pelo governo. Por isso, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis por cerca de 70% da geração hídrica do país, terminaram agosto com a pior média mensal da história.

Apesar da situação crítica, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, minimizou a possibilidade da Creg impor o racionamento obrigatório de energia aos cidadãos. "Os cenários indicam que temos a oferta suficiente para a demanda do sistema e as medidas estão surtindo o efeito. Estamos em condições melhores do que no início do mês de agosto", comentou. 

Pronunciamento nacional

Na noite dessa terça-feira (31), o ministro Bento Albuquerque, se pronunciou em cadeia nacional de rádio e televisão para explicar o novo reajuste e os programas de incentivo à economia de energia que o ministério lançará junto a indústrias e cidadãos.

Para as indústrias, o programa permite a apresentação de programas de redução voluntária de energia e mudança do horário de consumo pelos empresários em troca de compensação financeira. Já os cidadãos devem receber bônus de R$ 0,50 a cada kWh reduzido.

O governo pretende premiar os consumidores que reduzirem o consumo em um patamar de 10% a 20%. Quem economizar menos que 10% não receberá bônus, e quem superar o nível de 20% não receberá prêmio adicional, os cidadãos de baixa renda que aderem à tarifa social também poderão participar.

Com informações do R7.

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