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Corpos das vítimas do submarino viraram pequenos fragmentos, diz especialistas

As vítimas foram fragmentadas em partes minúsculas, sendo assim, os restos mortais serão dificilmente encontrados um dia.

Especialistas afirmam que a implosão do submarino Titan no Oceano Atlântico, durante uma expedição para ver os destroços do Titanic, levou ao esmagamento e a fragmentação dos corpos das cinco vítimas que estavam a bordo. Os corpos foram fragmentados partes minúsculas, sendo assim, os restos mortais serão dificilmente encontrados um dia.

De acordo com os especialistas, existem dois principais motivos: a altíssima pressão exercida pela água a uma profundidade de 4 mil metros, e a existência de uma fauna marinha, como tubarões, peixe-bruxa e verme-zumbi) loucas por alimentos.

Foto: DivulgaçãoSubmarino desaparecido Titan.
Submarino desaparecido Titan.

Quanto maior a profundidade no mar, maior a pressão a água. Esta alta pressão levou ao esmagamento dos passageiros.

É um efeito devastador”, afirma Thomas Clarke, do Laboratório de Metalúrgica Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

“Tudo foi muito rápido; as vítimas nem sentiram nada. Seria como largar toneladas comprimindo o corpo das pessoas em todas as direções.”

O pesquisador do Laboratório de Infraestrutura em Energia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Carlos Padovezi afirma que as paredes do submarino esmagaram os passageiros. “Restaram micropedaços [dos corpos], muito pequenos mesmo”, contou.

O mais provável é que os restos mortais que sobraram, serviu de comida para os tubarões e diversos peixes que vivem nas profundidades.

“É uma questão de biologia das águas profundas. Longe da superfície, sem a luz necessária para a fotossíntese, os organismos enfrentam privação de alimento. O que cai ali é consumido muito rapidamente”, explicou o professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, Paulo Gomes.

“As partes moles devem desaparecer em poucas semanas. Os ossos por terem uma matriz cálcica, levam mais tempo para serem devorados pelos organismos, talvez um ou dois anos”, disse.

Relembre o caso

Os tripulantes iniciaram a jornada de 740 quilômetros até o local do naufrágio, que fica 1448 km da costa de Cape Code, em Massachusetts, nos Estados Unidos.

As autoridades afirmam que descida do submersível começou na manhã desse último  domingo (18), mas perdeu contato com a tripulação do Polo Prince, o navio de apoio que transportou a embarcação até p local, 1 hora e 45 minutos após a descida.

O contra-almirante, John Mauguer, disse durante entrevista coletiva na segunda (19), que a “Guarda Costeira dos EUA foi alertada de que o submersível estava atrasado e lançou buscas na superfície da água e uma aeronave para iniciar as buscas aéreas e de radar.”

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