Policial militar é acusado de agredir educadora física em Timon
Segundo a jovem, o motivo do descontrole do rapaz foi um Boletim de Ocorrência registrado por ela, onde declara que sofreu atitudes racistas por parte da irmã de Alexandre.
A educadora física Kamilla Thayse, de 25 anos, que mora em Timon, relatou em uma rede social ter sofrido agressões por parte de alguns familiares, tanto de cunho racista, como físicas, que de acordo com a jovem aconteceram na última quarta-feira (25), quando seu primo de nome, Alexandre Ferreira dos Santos, policial militar do Maranhão, invadiu a casa da vítima.
Segundo Kamilla, o motivo do descontrole do rapaz foi um Boletim de Ocorrência registrado por ela, onde declara que sofreu atitudes racistas por parte da irmã de Alexandre. Kamilla divulgou a imagem do Boletim junto com a publicação.
- Foto: Facebook/Kamilla ThayseKamilla após as agressões no hospital
“Em fevereiro a irmã do mesmo Sra. Francijane dos Santos, me caluniou e agiu com preconceito, disse que para eu ser alguém na vida teria que trocar de pele e outras coisas a mais que caracterizam racismo. Então resolvi denuncia-la registrando um b.o.”, relatou a educadora física em um dos trechos.
Ainda de acordo com Kamilla, o agressor chegou de viagem na quarta-feira e também adentrou sua residência sem autorização, com gritos que vieram seguidos de fortes agressões.
“Ontem pela manhã foi até mim [Alexandre], da mesma forma chegou gritando do meio da rua invadindo minha residência e já foi logo me empurrando, pedi que ele se retirasse da minha casa porque minha mãe já estava começando a ficar nervosa e sua pressão subindo de novo foi aí que ele me deu o primeiro soco no rosto pelo qual cai, já perdendo toda chance de esboçar qualquer reação de defesa com muito esforço, consegui levantar e pedi novamente que ele se retirasse, e como resposta recebi uma chave de braço no pescoço me sufocando e fui arrastada pela casa, quando me soltei ele me puxou quebrou meu braço e me jogou no chão”, diz outro trecho do relato.
Kamilla contou ainda que uma amiga presenciou a cena e acabou sendo ameaçada pelo rapaz. “Minha amiga aflita tentou intervir, mas ele pegou a arma e a intimidou, depois de toda agressão ele fugiu e me deixou jogada no chão.”.
Ao Viagora, Kamilla informou que ela e a amiga, que foi ameaçada, prestaram um Boletim de Ocorrência contra o rapaz, após a agressão.
- Foto: Facebook/Kamilla ThayseBoletim com denúncia de racismo e relato no Facebook
Outro lado
O Viagora tentou entrar em contato com Alexandre Ferreira, mas não obteve retorno. Através de uma rede social, o militar relatou uma situação diferente, alegando que esteve na casa para tirar fotos que comprovassem que a mãe de Kamilla sofria maus-tratos, e que diante da situação, houve um desentendimento e ela teria tentado tomar o seu celular e a arma.
"Fui surpreendido por ela que tentou pegar a arma em minha cintura, atracou-se comigo e me vi obrigado a imobilizá-la com uma gravata e disse que a levaria para a delegacia. Enquanto eu a segurava ela jogou o peso de seu corpo de uma vez ao chão e escutei o estralo do braço dela, sai e pedi que os vizinhos chamassem uma ambulância", escreveu Alexandre.
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