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Acusado de matar e ocultar corpo de Camilla ainda recebe salário da PM

O capitão está preso em um presídio militar após matar a namorada com um tiro.

O assassino confesso da estudante Camilla Abreu, Alisson Wattson, continua recebendo salário pela Polícia Militar do Piauí mesmo sem exercer o cargo de capitão que ocupava. Alisson está preso aguardando julgamento do Júri Popular. Ele responde pelas práticas dos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.

  • Foto: DivulgaçãoCamilla Abreu e namorado Alisson Wattson.Camilla Abreu e Alisson Wattson.

De acordo com o Portal da Transparência do Governo do Piauí, o capitão da PM recebeu neste mês de fevereiro um salário no valor de R$ 9.275,69. Após os descontos, o valor líquido contabilizado foi de R$ 3.661,93. No mês de janeiro deste ano, Alisson Wattson recebeu uma vantagem no valor líquido de valor parecido.

A Relações Públicas da Polícia Militar, coronel Elza, explicou que Alisson segue recebendo por conta de a expulsão ainda não ter sido publicada no Diário.

“O processo ainda está em trâmite. O Conselho de Justificação, por unanimidade, decidiu pela demissão dele da Polícia Militar, mas ainda não foi publicado no Diário Oficial. Ele só sai da folha de pagamento quando o processo sair da Procuradoria Geral do Estado, vai para o Tribunal de Contas, e volta para o governador publicar”, explicou a coronel Elza.

Ela acrescentou que com o fim do trâmite do processo, Alisson deve ser retirado do presídio militar e ser encaminhado para o sistema prisional comum do estado, assim como ter o nome retirado da folha de pagamento da corporação.

O caso

De acordo com o inquérito policial de outubro do ano passado, o funcionário da Polícia Militar tirou a vida da sua então namorada, Camilla Abreu. O crime foi motivado por ciúmes e foi realizado por meio que dificultou a defesa da vítima. O crime aconteceu dentro de um Corolla azul, de Alisson Wattson.

Alisson buscou Camilla para levá-la à faculdade. Após o término da aula, dirigiram-se a um bar na Avenida Dom Severino. Depois da festa, os dois se desentenderam na volta pra casa. O capitão da PM estava em posse de arma de fogo e deflagrou disparos contra a estudante.

Seguido do homicídio, o denunciado levou o corpo da vítima para o povoado Mucuim, próximo à BR 343, em estrada vicinal, e ocultou o corpo com galhos de árvore. No dia seguinte ele lavou o carro para retirar as manhas de sangue, trocou o banco do passageiro e tentou vender o veículo na cidade de Campo Maior.

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