Pm's são indiciados por morte de Emilly Caetano e fraude processual
O inquérito foi presidido pelo delegado Higgo Martins, que ouviu os pais da garota que foi morta e algumas testemunhas do ocorrido, e colheu imagens de um sistema de monitoramento.
O delegado Francisco Costa, o Barêtta, disse que o inquérito policial sobre a morte da menina Emilly Caetano foi finalizado e será entregue ao Ministério Público do Estado ainda na manhã de hoje (05). O soldado Dornel e o cabo F. Alves, ambos do 5º Batalhão de Polícia Militar, foram indiciados por homicídio e fraude processual.
O inquérito foi presidido pelo delegado Higgo Martins, que ouviu os pais da garota que foi morta e algumas testemunhas do ocorrido, além de imagens de um sistema de monitoramento que mostra o momento que um dos policiais atira contra a família, quando o carro já estava parado.
- Foto: Isabela de Meneses/ViagoraDelegado Francisco Costa, o Barêtta
Os dois policiais envolvidos no crime não foram ouvidos no inquérito, porque a Corregedoria da Polícia Militar não os liberou para prestar depoimento, de acordo com o delegado Barêtta. Na PM, há outra investigação sendo feita, porque no dia do ocorrido, foi publicada uma portaria que estabelece que crimes praticados por militares seja de jurisdição da PM.
Há um impasse entre as polícias, pois o comandante da PM, coronel Carlos Augusto, autor da portaria, defende a investigação pelos militares, mas o delegado Barêtta, defende que crimes contra a vida sejam investigados pela Polícia Civil, como manda a Constituição. Diante da discordância, o secretário de Segurança Fábio Abreu pediu parecer do Judiciário sobre o caso.
Ainda sem decisão sobre qual inquérito será validado, a Delegacia de Homicídios concluiu a investigação dentro do prazo de 10 dias. “O delegado [Higgo] fundamentou muito bem o seu despacho. Nós não ouvimos os policiais não porque não quiséssemos, nós temos um documento nos autos que [a PM] negou, nós não podemos esperar, porque nós temos um prazo processual de dez dias. Eles estão presos preventivamente. Eles foram presos no dia 26 e nós tínhamos dez dias, o prazo extrapola hoje”, explicou o delegado Barêtta.
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