Pesquisadores da Uespi desenvolvem filtro de argila para purificar água

O projeto coordenado pelo professor Laécio Santos Cavalcante traz solução inovadora e sustentável para purificação da água

Um projeto conduzido pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi) pode transformar o acesso à água potável para comunidades em situação de vulnerabilidade. A iniciativa, liderada pelo professor Laécio Santos Cavalcante, do curso de Química, está desenvolvendo um filtro de argila modificado, capaz de eliminar bactérias e outros contaminantes, tornando-se uma opção viável e sustentável para a purificação da água.

Com um aporte financeiro de R$ 25 mil, proveniente do edital UESPITECH, a pesquisa foca na criação de um filtro de baixo custo, mas de alta eficiência, que utiliza argilas naturais tratadas com nanocristais e compostos de prata. Esses materiais conferem ao filtro propriedades fotocatalíticas e antimicrobianas, o que o torna eficaz na remoção de contaminantes e agentes patogênicos. "Esse projeto traz uma solução inovadora para um problema de saúde pública e pode transformar o uso da argila na purificação da água", afirma o professor Laécio, destacando a relevância social do trabalho.

Foto: Divulgação
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A escolha da argila como base para o filtro atende ao objetivo de oferecer uma alternativa financeiramente acessível e ecologicamente sustentável, que possa ser produzida em larga escala. De fácil obtenção e amplamente disponível em regiões do Piauí, a argila possui características que, com a adição dos compostos certos, se mostram ideais para a purificação da água. A introdução de nanocristais e compostos de prata transforma o material em um potente filtro contra microrganismos e outros poluentes, conferindo alta eficiência ao processo.

Além disso, a fotocatálise – fenômeno no qual a luz ativa compostos presentes no filtro para eliminar contaminantes – potencializa a capacidade de purificação, uma vez que a radiação solar pode ser utilizada para maximizar o desempenho do filtro. Essa característica torna o dispositivo ainda mais adequado para regiões onde o acesso à eletricidade é limitado.

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