Semarh faz fiscalização após denúncia de espuma no Rio Poti em Teresina
Conforme a pasta, a verificação revelou que a substância era oriunda da Estação de Tratamento do Esgoto Leste (ETE Leste).Nesse sábado (25), a Secretária de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, realizou uma fiscalização no Rio Poti, após a divulgação de imagens que mostravam a presença de espuma nas margens do cursor d’água.
Conforme a pasta, a verificação revelou que a substância era oriunda da Estação de Tratamento do Esgoto Leste (ETE Leste), responsável pelo tratamento do esgoto da região.

A espuma encontrada no leito do rio é formada por substâncias químicas pertencentes ao grupo dos surfactantes, compostos presentes em produtos de limpeza doméstica, como detergentes líquidos, shampoos e sabonetes. Esses produtos, em sua maioria, não são biodegradáveis, o que significa que entram e saem do sistema de tratamento de esgoto sem sofrer alterações significativas.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, a fiscalização da Semarh constatou que a situação está em desconformidade com a norma ambiental e a empresa responsável pela operação da ETE Leste será notificada para adotar medidas corretivas imediatas a fim de mitigar os impactos ambientais causados pela presença de espuma no rio. A presença desses materiais no Rio Poti infringe a Resolução CONAMA 430/11, que estabelece que não deve haver “materiais flutuantes” nos lançamentos de efluentes em corpos d’água, como o caso do Rio Poti.
O Diretor de Recursos Hídricos da Semarh, Igor Klaus, destacou a importância da fiscalização contínua e do envolvimento da população nas questões ambientais. “A atuação da Semarh, realizada de forma rigorosa e em tempo hábil, é fundamental para preservar os nossos recursos hídricos. Esta denuncia foi feita por meio dos canais de atendimento da Secretaria, o que demonstra a importância da participação ativa da população na proteção do meio ambiente”, afirmou Igor Klaus.
A empresa Águas de Teresina emitiu uma nota sobre o assunto, confira abaixo o esclarecimento na íntegra:
"A Águas de Teresina atua em observância a todos os parâmetros ambientais nas suas operações. A formação de espuma é um processo que resulta de partículas de ar geradas durante o tratamento de esgoto. No período de chuvas, ocorre maior movimentação nas lagoas das Estações de Tratamento, o que pode intensificar a formação dessa espuma. Apesar do impacto visual, o processo não representa qualquer risco ao meio ambiente e a espuma gerada foi rapidamente contida pela equipe técnica, normalizando a situação", declarou Águas de Teresina.
Por: Gisele Silva