Médicos contestam fala da diretora do Iaspi sobre pagamentos
nenhum valor declarado por ela (Daniele Aita), sendo o último pagamento no mês de outubro de 2016.
Após deflagração de paralisação pelo Sindicatos dos Médicos do Piauí (Simepi) referente aos atendimentos dos beneficiários do Iasp/saúde, antigo Iapep-Plamta, que acontece nesta segunda-feira (13), o governo se pronunciou a respeito, alegando está cumprindo os acordos feitos com a categoria.
Iaspi
Daniele Aita, diretora-geral do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor do Estado do Piauí (Iaspi), esteve na terça-feira (07) com representantes do Sindicatos dos Médicos do Piauí (Simepi) para falar sobre o atendimento aos pacientesdos planos Iapep-Saúde e Plamta.
- Foto: Ascom
Daniele Aita
Segundo Daniele, o Iaspi vem realizando pagamentos dentro dos prazos e a previsão dada em janeiro com o Sindicato de Hospitais (Sindhospi) está sendo cumprida. "O percentual de glosas dos serviços previamente autorizados, nos últimos seis meses, do Iapep saúde, foi de 1,89% sendo feitos com a devida fundamentação técnica", declara.
"Todos têm acesso a pedir recurso e têm a possibilidade de receber conforme correção da fatura", diz a diretora do Iaspi, afirmando que a categoria não tem motivo para deflagrar paralisação, pois foram solucionados diversos problemas, como, por exemplo, problemas técnicos com o a digitalização de guias de atendimentos de forma a não haver prejuízos na fatura do prestador referente à produção de janeiro deste ano, cuja auditoria deve ser realizada ainda em março.
A diretora do Iaspi afirma que as demandas estão sendo viabilizadas para que os atendimentos não sejam interrompidos. "O Iaspi garante os atendimentos, pois há o cumprimento de prazos e pagamentos", diz.
Simepi
A médica Lucia Maria, tesoureira geral do Simepi, declarou em entrevista para o portal Viagora que mesmo após reunião com Daniele Aita, diretora da Iaspi, nada foi acertado e que a diretora do Instituto mesmo afirmando ter pago os valores correspondentes ao meses atrasados, os médicos responsáveis pelo programa não receberam nenhum valor declarado por ela [Daniele Aita], sendo o último pagamento no mês de outubro de 2016.
"Isso é um absurdo, estamos sem receber desde outubro, nós temos provas de que nada foi acertado e os pagamentos continuam em atraso. Ela não tem como provar que foi feito pagamento, pois eles não existiram. Já que ela [Daniele Aita] afirma ter pago os valores, pois que apresente provas de ter pago os meses referentes a nossa indignação", declarou Lucia.
- Foto: Facebook/ Lúcia Santos
Lúcia Santos, tesoureira do Simepi.jpg
Segundo Lucia, os médicos que fazem parte do programa estão desembolsando valores "absurdos" para as consultas, como ter que adquirir leitores biómetricos, pagos por eles mesmos, avaliados em R$ 80mil, além do programa de computador que viabiliza os documentos e consultas, em um valor de R$1000,00 para cada vez instalado. E mesmo tendo que pagar esses valores para acelerar as consultas e envio de documentos para a Iaspi, todos os documentos que exigidos pelo Instituto não podem ser enviados virtualmente, mas em papel, o que é irrelevante ter de pagar um valor alto por esse programa.
"A empresa responsável pelo sistema eletrônico da Iaspi, que deveria ser a Infoway, não está sendo executado por ela , mas por uma empresa de São Paulo intitulada Griaule", finaliza a médica.
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