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Prefeito João Luiz esclarece investigação do MPF em Monsenhor Gil

O gestor afirmou que o contrato foi firmado na gestão anterior, assim, se há irregularidades não foram praticadas por ele.

O prefeito da cidade de Monsenhor Gil, João Luiz, enviou nota de esclarecimento sobre a investigação do Ministério Público Federal em um contrato entre o município e a Codevasf. O gestor afirmou que o contrato foi firmado na gestão anterior, assim, se há irregularidades não foram praticadas por ele. 

João Luiz relatou diversas irregularidades encontradas no município e afirmou que “tem lutado para responsabilizar os culpados, colocando a lupa da justiça nos descalabros praticados no passado”. O gestor elencou irregularidades e disse que vai abrir processos junto à Polícia Federal, Ministério Publico Federal, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas Estadual e Tribunal de Contas da União.

A verba oriunda dos recursos da Repatriação foi creditada na conta do município em 30 de dezembro de 2016, último dia da gestão anterior. Segundo o atual prefeito, por meio da análise do extrato bancário do município, verificou-se que foram realizados vários agendamentos bancários para o dia 02 de janeiro de 2017, sendo que o Banco do Brasil executou todos.

“Além do agendamento ser questionável, por utilizar recursos públicos já na vigência da nova gestão, a lógica do interesse público foi invertida: o antigo gestor priorizou pagamentos a alguns poucos fornecedores e prestadores de serviços, em detrimento a: pagamentos do INSS; energia elétrica, prédios públicos encontram-se às escuras, com energia cortada; compra de merenda escolar ; aquisição de medicamentos; prestação de serviços de limpeza; manutenção da frota (Frota Sucateada e com documentação atrasada)”, diz a nota enviada.

O prefeito também afirmou que houve atraso no pagamento da previdência e que encontrou o caixa da Prefeitura esvaziado. “Os relatórios comprovam o atraso na quitação das obrigações previdenciárias da Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação e Prefeitura. A compensação dos agendamentos das verbas da repatriação, aliado ao atraso do pagamento das verbas previdenciárias, que motivou o bloqueio dos valores creditados já em 10.01.2017, acabou por minar de vez o caixa da prefeitura (deixa-se de juntar extratos deste bloqueio nas contas, vez que o acesso a estas ainda não havia sido liberado até a elaboração deste relatório)”, relatou.

O município de Monsenhor Gil também tem uma dívida milionária junto à Eletrobras, de acordo com prefeito João Luiz. “A situação atual do Município é tão complexa que até mesmo o fornecimento de energia elétrica aos órgãos da administração municipal foi suspenso por falta de pagamento, impossibilitando o funcionamento dos mesmos. Em Novembro de 2013 foi realizado um parcelamento de mais de 1.5 Milhão junto a Eletrobrás, que não vem sendo cumprido há quase 10 (dez) meses, o que motivou a suspensão dos serviços. Até mesmo o Hospital Municipal está com as contas em atraso. Também há atrasos nas contas de energia referentes a educação e saúde”.

Além disso o prefeito João Luiz informou que encontrou lixões a céu aberto na cidade, veículos sucateados, além de prédios públicos quase em situação de abandono. “Em visitas realizadas in loco pela equipe de transição, verificou-se que a sede da Universidade Aberta enfrenta uma série de problemas: patrimônio dilapidado, descaso com a educação, desorganização administrativa, presença de focos de dengue, infiltrações, excrementos de animais, falta de saneamento, falta de poda e capina, ausência de muros (o que facilita a ação de vândalos e prejudica a  segurança de professores e alunos)”. 

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