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Promotora pede anulação da prova de informática do concurso da Sejus

A Promotora de Justiça Leida Diniz explica que, mais uma vez, foram afrontados os princípios da moralidade e da legalidade.

A 35ª Promotoria de Justiça de Teresina apresentou uma ação civil pública com pedido de anulação da prova de Informática aplicada no último concurso público para agente penitenciário, promovido pela Secretaria de Estado de Justiça e dos Direitos Humanos (Sejus), que aconteceu em março de 2017 e foi organizado pelo Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe).

As provas originalmente aplicadas em setembro de 2016 foram invalidadas pela 35ª Promotoria de Justiça de Teresina e assim foi realizado outro exame no dia 19 de março deste ano. Porém, a Promotora de Justiça Leida Diniz explicou que, mais uma vez, foram afrontados os princípios da moralidade e da legalidade.

  • Foto: Isabela de Meneses/ViagoraPresidente do Nucepe Pedro JúniorPresidente do Nucepe Pedro Júnior

“Diversas pessoas novamente procuraram este órgão ministerial para apresentar denúncias quanto a irregularidades no certame. Desta vez, a principal reclamação se referia à prova da disciplina de informática, uma vez que esta possuía gabarito idêntico ao da primeira prova aplicada em 2016, dando margem ao beneficiamento de alguns candidatos”, disse a promotora.

A Promotoria de Justiça ouviu o próprio elaborador da prova durante a coleta de informações. Ao final decidiu expedir nova recomendação, desta vez opinando pela anulação da prova de informática. Mas o Estado do Piauí optou por seguir com o processo do concurso, sem alterações, alegando que a anulação geraria prejuízos desproporcionais.

Por isso, a representante do Ministério Público ingressou com a ação judicial, contestando esse argumento do governo, além de defender que a anulação da prova de Noções de Informática teria evitado problemas posteriores.

“A título de exemplo, vejamos o concurso para provimento de cargos do Corpo de Bombeiros: o concurso foi finalizado, candidatos foram nomeados, e apenas posteriormente foi possível comprovar graves e amplas irregularidades no certame, que agora está sendo anulado, o que causa transtornos bem maiores ao serviço público”, disse Leida Diniz.

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