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FMS firma parceria com Ministério da Saúde contra a hanseníase

Representantes do órgão estiveram nesta terça-feira (16) na Fundação Mundial da Saúde de Teresina para propor o projeto.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina firmou parceria com o Ministério da Saúde para combater a hanseníase, doença infecciosa crônica e curável que causa, sobretudo, lesões de pele e danos aos nervos. Representantes do órgão estiveram nesta terça-feira (16) na FMS para propor que a capital piauiense seja piloto do projeto Vigilância do Estados Reacionais em Hanseníase, junto com Palmas, capital do Tocantins.


“O objetivo do projeto é qualificar a atenção em saúde com vistas à atenção integral. Além de ofertar um serviço com qualidade e subsidiar o planejamento das ações de controle”, explica Carmelita Ribeiro Filha, coordenadora geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde. Ela expõe que uma das características da hanseníase é a ocorrência de reações e/ou dano neural, que podem surgir em, aproximadamente, 25% a 30% dos casos.

O projeto pretende ser expandido para todo o território nacional, após as experiências em Teresina e Palmas. No Brasil, apesar da redução drástica no número de casos, de 19 para 3 doentes em cada 10.000 habitantes, a hanseníase ainda se constitui em um problema de saúde pública o que exige uma vigilância resolutiva.

“Novos danos neurais podem surgir em torno de 65% dos pacientes multibacilares. Apesar da relevância, a integração das ações de manejo destas reações na rede de serviços de saúde é ainda abaixo do desejável”, afirma Carmelita Ribeiro Filha.

O Ministério da Saúde pretende com o projeto envolver toda a atenção básica de saúde do município, além das unidades referência para pacientes com hanseníase, além de qualificar os profissionais para o manejo adequado dos episódios reacionais da doença.


O projeto pretende organizar a rede, estabelecendo fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. “É de suma importância também publicar a portaria de notificação compulsória de interesse estadual”, enfatiza Carmelita Ribeiro.

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