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Obras das UBSs do Socopo e Soinho estão abandonadas há 4 anos

As obras foram iniciadas em maio de 2014 e deveriam ser finalizadas dentro de 6 meses mas nunca foram entregues a população

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Iniciadas em maio do ano de 2014 com previsão de conclusão para novembro do mesmo ano, as obras das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do bairro Socopo e povoado Soinho localizadas na zona Leste de Teresina já estão paradas há mais de quatro anos, desde que foram abandonadas pela empresa responsável.

O morador do Soinho, Geraldo Farias, relatou que a população do povoado aguarda ansiosa pela conclusão da obra, que segundo ele melhoraria o atendimento médico ofertado pelo posto de saúde da região, que de acordo com  ele não é de qualidade. O morador relatou também que oposto de saúde sofre alagamento em períodos chuvosos.

“O atendimento é em um posto que foi feito há mais de 30 anos. Ali também alaga. Ano passado já alagou e o pessoal vieram dizendo que iriam fechar, mas se fechar vamos ser atendido onde? Porque não temo outro lugar. Se eles fizessem esse posto com certeza a população seria muito beneficiada”, disse Geraldo.

Segundo o morador, a obra parada vem contribuindo para a prática de delitos na região, pois o local é utilizado como abrigo para usuário de entorpecentes. “Essa obra inacabada está colaborando para crimes. A maioria dos materiais que estavam lá já foram carregados, eles botaram e o pessoal carregaram. A obra está lá para o pessoal defecar, usar drogas dentro”, disse o morador.

Socopo

Ariclenes Freitas, morador do bairro Socopo, relatou que está batalhando para conseguir que as obras das duas Unidades Básicas de Saúde sejam finalizadas. Para a UBS do bairro Socopo foram destinadas R$ 6.898.487,87, segundo informações da prefeitura de Teresina, mas o prédio assim como o do Soinho possui erros de engenharia e se encontra abandonado às margens da PI-112 no bairro.

“Estou há três anos lutando para sair essa obra e agora saiu uma data de licitação, e dia 13 de dezembro de 2018 estaremos na Sema para acompanhar o sorteio das empresas que vão concorrer”, disse Ariclenes.  

Segundo ele, mesmo com os problemas enfrentados ainda existe uma esperança de que daqui a aproximadamente seis meses o local esteja pronto para atender a população.

“De 2014 para cá foram envolvidos já R$ 2 milhões. Só que antes de chegar a essa licitação a Prefeitura fez um reparo e estou preocupado com esse reparo porque é dinheiro nosso, dinheiro público. As duas obras não estão adequadas a engenharia, elas tem erros de engenharia. Se tem um erro precisa ser corrigido e a prefeitura disse que diante essa situação foi feita uma correção. Acredito que todo investimento que foi feito da obra ou começa do zero ou vai aproveitar uma boa parte da estrutura”, relatou o morador.

“Com uma UBS dessa funcionando teremos um “desafogamento” na saúde da região, por ter uma estrutura maior de atendimento, aumento das especialidades, tendo um maior porte de atendimento e desafogando mais os postinhos”, finalizou.

FMS sobre o assunto

De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), a paralisação da construção das UBSs ocorreu no ano passado após a responsável pela obra, a Construtora Arts Construção começar a descumprir os acordos obrigando o órgão a dar início a um novo processo de licitação.

“A construtora que ganhou, ganhou várias licitações para fazer 20 UBSs e não completou as obras. Como é licitação tivemos que fazer uma descontratualização e abrir outro processo licitatório e a solicitação da abertura de um novo processo está na Sema (Secretaria Municipal de Administração)”, esclareceu a assessoria de comunicação da FMS.

“A UBS do Soinho está em um prédio provisório. Caso alague a Fundação vai ver que tipo de problema teve e o que pode ser resolvido e vai resolver. Não temos como tomar uma medida antecipada porque o prédio está funcionando direito a questão do novo prédio está aguardando a finalização da licitação”, finalizou a FMS.

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