Sinpoljuspi rebate acusação de manobra em assembleia da categoria
Agentes alegaram que a votação ocorrida na assembleia geral foi injusta.
Agentes penitenciários realizaram uma denúncia nessa terça-feira (20) contra a diretoria do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), alegando que a aprovação do indicativo de greve do sistema prisional foi resultado de uma manobra.
De acordo com os agentes, a greve foi rejeitada durante a assembleia geral realizada na manhã de ontem (20), mas a diretoria teria esperado a saída de alguns participantes para apresentar o indicativo de paralisação da categoria e manobrar uma nova votação, desrespeitando a maioria das pessoas que estava presentes.
“Sugerimos dividir as pessoas por grupo de um modo que a contagem pudesse ser visível, mas a diretoria do sindicato não aceitou e deram por encerrada a votação”, relatou o agente penitenciário José de Melo, da penitenciária de São Raimundo Nonato.
José Roberto, presidente do Sinpoljuspi disse nesta quarta-feira (21) que a votação foi justa. “A Assembleia tem hora para iniciar mas não tem hora para acabar. O término da assembleia é depois de todas as falas, de todo o procedimento, e depois há uma votação. Se algum filiado esteve na assembleia e não esperou o final não posso fazer nada a respeito, ninguém pode fazer nada”, explicou.
- Foto: Divulgação
Sinpoljuspi é acusado de manobra em assembleia
De acordo com José Roberto, a votação aconteceu dentro da normalidade, havendo duas preposições colocadas pela diretoria sindical e outra colocada pelo grupo que era contra a deflagração de greve. O presidente afirmou que o grupo responsável pela denúncia perdeu a votação porque boa parte não eram filiados a entidade sindical e não podiam votar. “Tinha gerentes de unidade estadual levando até as esposas para votar na assembleia geral, mesmo sem elas serem membros da categoria”, disse José Roberto.
Interferência
O presidente do Sinpoljuspi disse ainda que o Governo tentou interferir na votação, determinando que os comissionados comparecessem para votar contra qualquer preposição ou indicativo de greve, e que viaturas teriam sido cedidas para levar agentes até a assembleia.
“O setor de monitoramento eletrônico ficou desativado durante a manhã de ontem, para que os agentes lotados lá fossem para a assembleia sob livre e espontânea pressão. Assim também foi com a Duap, viaturas do sistema prisional foram utilizadas para transportar agentes prisionais, exclusivamente para a assembleia, um uso indevido de bens públicos para fins particulares”, disse José Roberto.
Em contrapartida, a assessoria do Governo do Piauí negou qualquer tipo de interferência no processo de votação, e que a informação de uso das viaturas não procede.
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