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Procon pede adequação de carne de sol para venda em Campo Maior

Os vereadores da Câmara Municipal da cidade se opuseram ao prazo estipulado pelo Procon durante a sessão solene dessa terça-feira (08).

Os comerciantes de Carne de Sol em Campo Maior têm até 30 dias para se adequar às normas exigidas para o comércio do produto. A determinação foi feita pelo Ministério Público, por meio do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e gerou oposição na Câmara Municipal da cidade.

O Ministério entende que o produto fica exposto ao ambiente, não atendendo as normas de higiene. Para o Procon, a carne deve ser melhor condicionada para que seja comercializada.

  • Foto: Reprodução/GoogleMapsCâmara Municipal de Campo MaiorCâmara Municipal de Campo Maior

Durante a sessão plenária dessa terça-feira (08) da Câmara de Campo Maior, os vereadores se opuseram contra o prazo estipulado aos vendedores do produto, alertando inclusive o prejuízo econômico que a medida poderia ocasionar no município.

Os parlamentares solicitaram uma prorrogação da data, além de um diálogo do Ministério Público com os comerciantes. “É importante que isso aconteça, mas é preciso de um prazo maior. A linha do Ministério Público é dura. A qualquer momento pode chegar num desses locais e jogar a carne fora, como disse o promotor numa visita que fizemos ao Ministério Público”, comentou o vereador Sena Rosa (PSD).

O vereador Hamilton Segundo (PP) classificou a situação como gravíssima, defendendo a união entre as forças políticas, empresariais e judicial para encontrar uma solução para o problema. Silvia do Caú (PV), por sua vez, argumentou que a carne de sol em Campo Maior é histórica e reconhecida em todo país. Daniel Soares (PSB) declarou que a ameaça do MP de recolher a carne dos estabelecimentos é agressiva.

“A ação é importante, mas não pode chegar atropelando as coisas. Essa carne já é vendida há séculos e ninguém nunca morreu por consumir essa carne; ela é bem protegida pelo sal. Uma coisa é você estar dentro do gabinete com a lei e querer sua aplicação, outra é a situação real, na prática”, comentou o vereador Edvaldo Lima (SD).

O presidente da Câmara, vereador Fernando Miranda (PT), por sua vez, afirmou que a Câmara Municipal não é contra as alterações na comercialização do produto. Porém, ele pediu que o prazo seja ampliado para que se resolva o problema.

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