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Sinpolpi vai entrar na Justiça contra retirada de gratificações

O sindicato alega que o governo retirou dos contracheques, dos agentes da Polícia Civil, as gratificações de adicional noturno, vantagem extra e auxílio alimentação.

O Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) vai entrar na Justiça contra a retirada de gratificações nos contracheques dos profissionais no estado. O Sinpolpi convoca a categoria para apresentar documentos para embasar a ação judicial. Um protesto está previsto para acontecer na próxima terça-feira (3), a partir das 9h da manhã, na Praça Saraiva, em frente à Delegacia Geral.

Os policiais civis denunciaram a suposta ação do governo de retirar as suas gratificações de adicional noturno, vantagem extra e auxílio alimentação. O sindicato está convocando a classe para encaminhar à sede do Sinpolpi a cópia do contracheque do mês de junho de 2018, a escala de plantão e o ofício de horas extras e noturnas trabalhadas para que possa iniciar o processo na Justiça contra os gestores responsáveis.

  • Foto: Divulgação/SinpolpiPresidente do Sinpolpi, Constantino Júnior.Presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior.

Conforme explica o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, centenas de policiais civis de todo o Piauí receberam seus contracheques com descontos nas gratificações. Ele considera isso uma surpresa desagradável sem nenhum embasamento legal, já que a ilegalidade do movimento paredista realizado pelos policiais foi decretada no dia 25 de maio de 2018.

Sobre a ilegalidade do movimento, o sindicalista comenta que o sindicato foi intimado e essa intimação foi anexada ao processo no dia 28 de maio. Segundo ele, apenas a partir dessa data que os efeitos da decisão judicial passariam a incidir por uma possível penalidade. Por conta disso, o Sinpolpi reuniu a sua categoria em assembleia geral no dia 29 de maio, momento em que foi decidido pelo cumprimento da decisão judicial.

“Nós não podemos aceitar esse tipo de desconto. Foi um ato irresponsável, seja do Delegado Geral, do secretário de segurança ou de administração ou do próprio governador. Seja qual for o gestor, irá responder judicialmente”, afirma o presidente.

Constantino Júnior reforça a necessidade de colaboração dos sindicalistas para que possam tomar as medidas cabíveis. “Não existe outra forma para que façamos essa discussão se não for no poder judiciário. Todos os documentos que solicitamos são importantes, inclusive o ofício, pois é nele que a delegacia informa se o policial trabalhou 14 ou 16 horas extras, e 54 ou 56 horas noturnas. Se isso for comprovado, não caberia ao Estado fazer nenhum tipo de desconto de forma arbitrária, aleatória e irresponsável, como pudemos verificar neste mês”, informou o presidente.

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