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MP quer manutenção da prisão preventiva do prefeito de Bertolínia

O prefeito foi preso no último dia 3 de dezembro, alvo da Operação Bacuri do Gaeco, que prendeu acusados de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) requereu ao desembargador Edvaldo Pereira de Moura, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), a manutenção da prisão preventiva do prefeito de Bertolínia, Luciano Fonseca de Sousa, e a conversão de prisão temporária em preventiva de outros envolvidos na organização criminosa, desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro, no município de Bertolínia.

  • Foto: Facebook/Luciano FonsecaPrefeito Luciano FonsecaPrefeito Luciano Fonseca

A iniciativa, oferecida dentro do prazo de cinco dias contados da execução dos mandados, faz parte do andamento da Operação Bacuri, quando foram cumpridos mandados de prisão preventiva e temporária, além de busca e apreensão nos municípios de Bertolínia, Sebastião Leal e Teresina. A denúncia apontou elementos comprobatórios da prática, por organização criminosa, de diversos crimes contra a administração pública, como lavagem de dinheiro, corrupção ativa, desvio de recursos públicos, corrupção passiva e contratação de empresa inidônea.

Após investigações, ficou comprovado o envolvimento de dez pessoas. Por entender que a soltura dos denunciados representaria perigo concreto de retorno às atividades criminosas, o MPPI solicitou, além da manutenção da prisão preventiva do prefeito, a conversão da prisão temporária em preventiva para os denunciados Max Weslen Veloso de Morais Pires, Richel Sousa e Silva, Rodrigo de Sousa Pereira e Kairon Tácio Rodrigues Veloso, considerando terem sido os principais operadores da organização criminosa, sendo que os valores “lavados” pelos denunciados não foram restituídos aos cofres públicos, podendo, em liberdade, ocultarem tais patrimônios.

Além disso, há também o fato de terem criado empresas fantasmas, e sua soltura possibilitaria continuarem na empreita criminosa mediante o uso dessas pessoas jurídicas fictícias para lavar dinheiro desviado do erário público em favor próprio e de terceiros, bem como por em risco a integridade de testemunhas.

Entenda o caso

No último dia 3 de dezembro, foi deflagrada a Operação Bacuri pelo Gaeco e órgãos de apoio, em cumprimento a mandados judiciais de prisão e busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Bertolínia, Sebastião Leal, Uruçuí e Teresina. Após a execução dos mandados, foram realizadas oitivas dos denunciados presos, tendo iniciado a análise da documentação apreendida. Formado por dez pessoas, o grupo responderá por crimes de organização criminosa, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no município de Bertolínia, sob a liderança do prefeito, Luciano Fonseca de Sousa, com apoio operacional de servidores municipais e empresários. Além do prefeito, foram denunciados Max Weslen Veloso de Morais Pires, Richel Sousa e Silva, Rodrigo de Sousa Pereira, Ronaldo Almeida da Fonseca, Ringlasia Lino Fonseca, Eliane Maria Alves da Fonseca, Aluizio José de Sousa, Kairon Tácio Rodrigues Veloso e José Jeconias Soares de Araújo.

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