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"Professores da Uespi estão em greve forçada", diz Teresa Britto

A Assembleia Legislativa do Piauí realizou hoje (1º) uma audiência pública para discutir a atual situação da Universidade Estadual do Piauí.

A Assembleia Legislativa do Piauí realizou hoje (1º) uma audiência pública para discutir a atual situação da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Entidades como o Ministério Público do Piauí, representantes dos estudantes e da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí pediram urgência ao Governo do Estado na garantia da autonomia financeira da instituição. 

  • Foto: AlepiDeputada Teresa Britto (PV).Deputada Teresa Britto (PV) cobra ações emergenciais.

Proponente da audiência pública, a deputada estadual Teresa Britto (PV) afirma que a greve dos professores e alunos da universidade, além de legítima, é necessária. “Os estudantes e professores da Uespi estão em greve forçada, pois não há como estudar com a estrutura caótica em que se encontra a Uespi. Nós precisamos fazer um esforço concentrado no sentido de sensibilizar o governador para medidas urgentes”, comenta. 

O promotor de Justiça Fernando Santos destacou que a autonomia financeira da Uespi já é garantida pela Constituição Federal, cabendo ao estado aplicá-la de maneira emergencial para a realização de melhorias. 

“Com a autonomia financeira, a Uespi poderá realizar os pagamentos mais urgentes e convocar os 26 professores aprovados no último concurso”, frisa o promotor. Ele destaca que, com a autonomia, a Uespi passaria a receber, na forma de duodécimos (doze parcelas mensais), os recursos para administrar e direcionar, segundo suas necessidades, fortalecendo o seu ensino de graduação e pós-graduação, suas atividades de pesquisa e suas atividades de extensão, os três pilares que sustentam a universidade. 

Dentre os encaminhamentos da audiência estão a formação de uma comissão para acompanhar o caso da Uespi, além dos pedidos de urgência no pagamento dos terceirizados, convocação dos professores aprovados em concurso, e reformas emergenciais na estrutura dos campi. No mês passado, o secretário de Administração e Previdência do Piauí, Ricardo Pontes, já havia proposto a criação de uma comissão para a solução das demandas.

Protestos

No dia 26 de março, docentes e mais de mil estudantes foram às ruas para cobrar do governo ações efetivas e emergências para sanar os problemas. A concentração aconteceu no Centro de Ciências da Saúde (CCS-FACIME) e, em seguida, percorreu a avenida Frei Serafim até o Palácio de Karnak, onde aconteceu uma assembleia conjunta da comunidade acadêmica da Uespi. 

Posicionamento do Governo

O deputado Francisco Limma (PT), líder do Governo, disse que o problema Uespi não é de vontade política, mas da falta de recursos. Ele afirmou que o governo estadual precisa de R$ 100 milhões somente para melhorar a estrutura física daquela instituição de ensino. Sobre os reajustes salariais de professores e servidores, o parlamentar alega que o aumento não pode ser concedido agora já que o estado ultrapassou o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

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