Vistoria constata situação precária em hospital de Palmeirais
A presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Piauí, Teresa Britto encontrou uma série de irregularidades no Hospital Aristides Saraiva de Almeida.
Nesta sexta-feira (26), a deputada estadual Teresa Britto vistoriou, o Hospital Aristides Saraiva de Almeida, no município de Palmeirais.
A parlamentar, que é presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Piauí, constatou uma série de irregularidades no centro de Saúde, que foi municipalizado, mas é mantido por meio de cofinanciamento do Estado para o Município e recursos do Estado para o funcionamento de Hospital de Pequeno Porte (HPP).
- Foto: Divulgação/AscomHospital de Palmeirais
Segundo a parlamentar, durante a vistoria, na companhia do vereador de Palmeirais, Nelson Miranda, foram constatados problemas na estrutura; falta de profissionais e de higienização; os servidores estão com salários atrasados; além de equipamentos velhos ou inutilizados. O repasse financeiro por parte do Estado também está em atraso, totalizando um débito de R$ 1. 342, 437,26, referente ao ano de 2018.
Teresa Britto afirma que a dívida do Estado com o Município acumulou em cerca de R$ 2 milhões de reais, de 2018 a 2019. “Em 2019, o hospital recebeu apenas dois meses de cofinaciamento, que tem repasse de R$ 15 mil mensal; e apenas três meses de HPP, que tem repasse de R$ 30 mil mensal”, diz a deputada.
- Foto: Divulgação/AscomHospital de Palmeirais
“A situação é de total de calamidade. Esse é um dos centros de saúde mais precários que constatamos nessa série de vistoria aos hospitais do Estado. Aqui, tanto o Estado quanto a Prefeitura são omissos. A população de Palmeirais está totalmente desassistida na área da saúde. Vamos cobrar melhorias urgentes”, destaca Teresa Britto.
Segundo a parlamentar, uma enfermeira e um fisioterapeuta no local. “Pacientes passando mal e sem atendimento adequado. A sala de cirurgia está desativada, enfermaria infantil sem berço e colchão. Camas quebradas em situação deprimente e caótica. Falta de limpeza geral, muita sujeira, a despensa sem alimentos. No relatório, o calendário de plantão dos médicos está com 18 dias de escala coberta sem médico. Os profissionais não querem cobrir o plantão por falta de pagamento. E só tem um médico efetivo no hospital”, completa a parlamentar.
Teresa disse ainda que encaminhará a relação dos problemas ao Ministério Público do Piauí e aos conselhos regionais de Medicina e Enfermagem. “Vamos acionar todos os órgãos de controle para que também se manifestem sobre esses problemas. O Estado precisa mudar essa realidade. Nosso trabalho não tem apenas o objetivo de apontar os problemas. Nós queremos é ajudar a população, os servidores e trabalhar em conjunto para o melhor para o Piauí”, conclui.
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