“Não estou associada ao Palácio de Karnak”, diz Simone Pereira
A candidata do PSD à Prefeitura de Teresina comentou sobre o assunto em entrevista concedida ao Viagora.
O Viagora está realizando uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Teresina. A entrevistada da vez é a ex-secretária Simone Pereira, candidata pelo PSD.
Simone falou sobre suas propostas para a cidade, suas estratégias de campanha, fez críticas a declarações de seus adversários e sobre um possível cenário no 2º turno.
A candidata afirmou que uma de suas bandeiras é a atenção para a saúde mental e, se eleita, vai lutar para que possa haver mais Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em Teresina.
“A gente tem apenas dois CAPS infantis para cobrir Teresina inteira, desses dois um o Estado assumiu porque a Prefeitura disse que não ia assumir, ou o Estado assumia ou ia fechar. Espaço de internação para criança com distúrbio psicológico não tem, você não pode internar no Areolino de Abreu porque é um hospital para adultos, e o próprio ECA não permite isso. Aí tem um CAPS AD3, que é para dependentes de álcool e drogas e tem 12 leitos, e é para onde, se preciso for, o CAPS infantil encaminha. Não tem como colocar uma criança internada junto com dependentes químicos. Não se tem noção de quantas crianças em Teresina têm distúrbios emocionais e psicológicos. Crianças de 8, 9, 10 anos que são depressivas. Isso não é fictício. E a gente não vê o poder público fazer nada. E eu não vejo um candidato falar sobre isso”, declarou.
- Foto: Luís Marcos/ViagoraSimone Pereira, candidata a prefeita de Teresina pelo PSD.
Simone ainda criticou algumas propostas apresentadas pelos seus adversários na área da segurança pública, afirmando que existem limitações na legislação que devem ser observadas.
“É desleal, você gerar uma expectativa pra população de Teresina de que a prefeitura vai fazer policiamento ostensivo, não vai, a legislação não permite. Como é que eu vou minimizar a violência da minha cidade? Enquanto tiver fome, miséria, exclusão, tem violência. São os programas de assistência social, de garantia de direitos que vai fazer com que a gente minimize essas questões”.
A candidata comentou sobre afirmações feitas por Kleber Montezuma (PSDB), de que os candidatos de partidos aliados ao Governo do Estado seriam “da cozinha do Palácio de Karnak”.
“Eu acho uma forma até ingênua de tentar desconstruir a minha candidatura. Eu faça parte de um grupo político que é liderado pelo deputado Júlio Cesar de Carvalho Lima. Eu fiz agora 28 anos que trabalho com o deputado Júlio. Eu fui secretária de estado do Wellington Dias? Fui, por indicação do meu partido, assim como fui secretária de Defesa Civil do MDB, indicada pelo meu partido. Assim como fui secretária da Semcaspi na gestão do Elmano por indicação do meu partido. Eu tenho uma relação partidária, um grupo político de quem eu me orgulho muito. [...] A nossa forma de construir política é política de resultado. Então o meu vínculo é com o meu partido, com o meu grupo político. Não adianta me associar nem à prefeitura, nem ao governo do estado, porque nós não temos nenhuma vinculação”.
- Foto: Luís Marcos/ViagoraA candidata afirmou que não está vinculada ao Governo do Estado e nem à Prefeitura de Teresina.
“Se o meu partido é, a nível estadual, da base aliada do governador Wellington Dias, isso não implica dizer que eu sou candidata do Palácio de Karnak. Tanto não sou que eu não tenho nenhuma estrutura, quem está por mim no meu palanque é o povo, o meu partido foi sozinho. Nós não temos coligação com ninguém, estamos sozinhos com o povo. Não temos nenhum poderoso. E eu costumo dizer que para saber por quem Teresina será administrada, é só olhar para o palanque. Quanto mais poderosos você vê no palanque, pode-se entender que todas aquelas pessoas que estão ali já estão pré-determinadas para participar da gestão da prefeitura. E nós não. Nós vamos construir alguma coisa pensando no povo, em trabalhar por Teresina. Não estou associada a nenhum outro grupo político que não seja do PSD”, declarou.
Questionada sobre um possível apoio no 2º turno, Simone afirmou que não pensa no assunto porque acredita que estará no pleito.
“Na verdade, eu não penso nesse cenário. Eu penso o cenário do 2º turno com a Simone nele. E eu não escolheria com quem eu quero disputar. Qualquer um que fosse disputar comigo, eu tenho certeza que nós seríamos vencedores, porque o povo de Teresina está entendendo a nossa mensagem. O meu propósito hoje é trabalhar até o dia da eleição para que nós possamos ir para o 2º turno. Alguém pode até dizer que é utopia, pelo que as pesquisas dizem. Para mim, a pesquisa real é quando abrir a urna. A urna é que vai dizer a realidade do que o povo de Teresina de fato quer. Então vamos aguardar o dia 15 de novembro”, finalizou.
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