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Após tragédia, famílias ainda esperam casas no Parque Rodoviário

De acordo com a SDU Sul, serão construídas 22 residências destinadas a famílias que estavam em áreas de risco e outras 30 devem ser reestruturadas.

  • Nathalia Carvalho/Viagora Fachada de residência que foi destruída pela tragédia.1 / 5 Fachada de residência que foi destruída pela tragédia.
  • Nathalia Carvalho/Viagora Casa ficou totalmente destruída.2 / 5 Casa ficou totalmente destruída.
  • Nathalia Carvalho/Viagora Parte interna da residência atingida.3 / 5 Parte interna da residência atingida.
  • Nathalia Carvalho/Viagora Escombros em meio à sujeira e lama.4 / 5 Escombros em meio à sujeira e lama.
  • Nathalia Carvalho/Viagora Outra residência que ficava na esquina, completamente desabada.5 / 5 Outra residência que ficava na esquina, completamente desabada.

Após dez meses da tragédia que atingiu o bairro Parque Rodoviário, na zona Sul de Teresina, dezenas de famílias ainda não tiveram suas residências reconstruídas e sobrevivem em condições precárias. O local foi cenário de uma enxurrada depois que uma lagoa transbordou demolindo diversas casas, em abril de 2019.

O Viagora voltou ao Parque Rodoviário, onde os moradores relataram as dificuldades para se reerguerem depois de terem perdido todos os bens essenciais na tragédia. Das cerca de 62 casas atingidas, apenas 12 foram reconstruídas pela prefeitura e o restante está em processo de licitação.

Dona Maria Helena, por exemplo, teve sua residência totalmente destruída. Hoje ela vive com mais dez pessoas, dentre elas crianças, em uma casa alugada pela prefeitura que tem apenas dois quartos. Ela lamenta o ocorrido e diz que o local onde reside atualmente não tem suprido as necessidades da família e ainda corre o risco de desabar, por conta das condições precárias que a estrutura se encontra.

“Quando eu vejo a situação que minha casa ficou, tenho vontade de chorar. Não era uma casa luxuosa, mas era minha e hoje vivo aqui com meus netos e filhos nessa casa que corre o risco de desabar. Quando chove, molha tudo aqui dentro e inclusive estamos com os colchões todos molhados da chuva que deu”, relata a moradora.

Não precisa ir muito longe para constatar o rastro da destruição, em uma mesma rua três casas encontram-se completamente destruídas. Um dessas casas pertencia à Maycks Martins, que morava com a esposa e teve que se realocar. Atualmente ele faz parte de uma comissão de moradores que lutam na Justiça pela restituição dos bens perdidos, como motos e carros levados na enxurrada.

“Nós estamos participando de audiências com a prefeitura para tratar sobre a apuração de responsabilidades acerca do rompimento da lagoa, e também por esses bens que perdemos. Tivemos uma audiência no último dia 28 e teremos a próxima em abril”, disse o morador.

Outro lado

Procurada pelo Viagora a Prefeitura de Teresina, através da Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) Sul, que emitiu uma nota sobre o assunto.

"Serão construídas 22 residências destinadas a famílias que estavam em áreas de risco ou próximas a galeria. O local onde serão construídas essas casas era é um terreno próximo ao clube, que foi desapropriado pela Prefeitura de Teresina, mas obra ainda está em licitação", informou a assessoria do órgão.

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