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Teresinense realiza sonho e termina de construir casa com venda de máscaras

A vendedora teresinense Ana Kelly conseguiu terminar a construção da sua casa com a venda de máscaras na Praça Rio Branco, Centro da capital.

A pandemia do novo coronavírus mudou bruscamente a rotina das pessoas. Além dos decretos que estabelecem o regime de quarentena e isolamento social, foi necessária a adoção de medidas de segurança, como uso de máscaras em lugares públicos e com aglomeração de pessoas e a higienização frequente das mãos, seja com água e sabão ou com álcool gel 70%.

Um acessório que até então não era comum aos brasileiros, as máscaras se tornaram tão necessárias quanto um par de óculos para pessoas que possuem problemas oftalmológicos. Pensando nisso, muitas pessoas que tiveram a renda prejudicada pela pandemia resolveram comercializar máscaras.

  • Foto: Luis Marcos/ ViagoraPessoas de máscaraAs máscaras viraram acessório obrigatório na rotina do brasileiro.

Ana Kelly é uma dessas pessoas. Ela vende máscaras na Praça Rio Branco, no Centro de Teresina, desde o início da quarentena na capital piauiense.

“A nossa família é toda de camelôs. Por conta da necessidade, a gente inventou de vender máscara aqui no Centro, assim como vamos para Caxias, no Maranhão, vender lá. Viajamos pelo interior para vender as máscaras por lá também”, relatou.

  • Foto: Luis Marcos/ ViagoraVendedora de mascara, Ana KellyAna Kelly vende máscaras de pano na Praça Rio Branco, no Centro da capital.

Ela conta que as vendas eram maiores no início da quarentena, mas agora o ritmo diminuiu. “No começo era melhor. Agora está mais fraco, acho que porque tem muito vendedor também. Mas antigamente era muito bom mesmo”, diz Ana.

  • Foto: Luis Marcos/ ViagoraVendedora de mascara, Ana KellyAna Kelly começou a vender máscaras ainda no início da quarentena em Teresina.

A vendedora comentou que a ideia de vender máscaras foi muito importante para a complementação da renda da família durante a quarentena. “Por causa das máscaras, eu pude terminar de construir a minha casa e comprar meus móveis. Hoje estou bem por causa das máscaras. Esse negócio foi muito bom para mim”, afirmou.

O que diz o Ministério da Saúde?

Com a pandemia, as máscaras do tipo N95, utilizadas por profissionais da saúde para prevenir o contágio com gotículas possivelmente contaminadas com o Sars-CoV-2, esgotaram rapidamente das prateleiras de farmácias e lojas de produtos de limpeza. Devido a isso, um método paliativo para a proteção individual foi a confecção de máscaras de pano, sejam feitas de forma caseira ou profissional.

Ainda no mês de abril, o Ministério da Saúde emitiu um comunicado informando que as máscaras artesanais poderiam sim ser uma proteção contra o coronavírus, desde que utilizadas da forma correta e que se seguissem um determinado protocolo de higiene.

“Para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. E mais uma informação importante: ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente”, informou o órgão.

O ministro da Saúde à época, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que as máscaras caseiras “fazem uma barreira tão boa quanto as outras máscaras”. “A diferença é que ela tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 30 minutos. E nunca compartilhar, porque o uso é individual”, explicou.

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