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Usuários reclamam da demora dos ônibus no 5º dia de greve em Teresina

Nesta segunda-feira (01), a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que 138 ônibus estão circulando na capital.

  • Luis Marcos/ Viagora Henrique José Silva, usuário do transporte publico 1 / 8 Henrique José Silva, usuário do transporte publico
  • Luis Marcos/ Viagora Parada de ônibus 2 / 8 Parada de ônibus
  • Luis Marcos/ Viagora Maria do Socorro Alves de Moraes, usuária do transporte público 3 / 8 Maria do Socorro Alves de Moraes, usuária do transporte público
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Nesta segunda-feira (01), quinto dia de greve no transporte público de Teresina, a situação que é relatada nas ruas pelos usuários do transporte coletivo é de insatisfação e de demora para conseguir o meio de transporte para se descolar na capital.

Os motoristas e cobradores de ônibus deflagraram, por tempo indeterminado, greve no transporte coletivo na última quinta-feira, 28 de outubro. A principal reinvidicação da categoria é a assinatura da convenção coletiva, atrasada desde 2019.

O Viagora  percorreu algumas paradas de ônibus pelo Centro da capital e conversou com populares a cerca de como está à situação nesta segunda, véspera do Dia de Finados.

A desempregada Maria do Socorro Alves de Moraes, 55 anos, ficou sem emprego no início da pandemia. Disse que está sobrevivendo de ‘bicos’ e transportes alternativos para chegar ao posto de trabalho. Para ela toda a problemática em que o transporte público da capital está passando tem como culpado a gestão pública do município, e relata ainda que nunca havia visto tamanha crise nos últimos 30 anos.

“É uma situação precária. Uma falta de consideração imensa. Esses gestores não estão agindo bem, pelo amor de Deus. Sinto muito, mas nunca havíamos passado por uma situação tão constrangedora como essa em que estamos passando, e é porque eu moro aqui há 30 anos. Nunca passamos por um estado de calamidade dessas. Por isso eu creio que esse problema todo é da gestão. Fiquei desempregada no início da pandemia, sou cuidadora de idosos, e todo dia preciso me virar para chegar nos meus ‘bicos’. Se não fosse os ‘ligueirinhos’, que salvam a gente, eu não conseguiria chegar nos meus afazeres”, disse Maria do Socorro.

O professor Henrique José Silva, 29 anos, alega que gasta praticamente todo seu salário com aplicativos de transporte para chegar a seus compromissos, e disse ainda que por conta da crise no transporte público quase não consegue mais pegar o coletivo.

“Eu estou usando constantemente serviços de transporte por aplicativo. Ônibus é uma coisa muito difícil deu pegar. Eu avalio bem ruim a crise no transporte público. Meus amigos e familiares, que precisam pegar o transporte, e por não ter e por demorar bastante, acabam pegando Uber e outros aplicativos. Isso dá muito dinheiro no final do mês, mas ainda do que você pegaria com ônibus até, vai o salário quase todo, praticamente”, pontuou.

Decreto de calamidade pública

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, publicou na última semana um decreto de calamidade pública na prestação dos serviços de transporte coletivo urbano público da capital. O decreto tem prazo de 180 dias para reestabelecer a regularidade na prestação dos serviços.

Outro lado

Nesta segunda-feira (01), a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que 138 ônibus estavam circulando por Teresina.  A Ordem de Serviço do órgão prevê a circulação de uma frota de 140 ônibus nos horários de maior circulação de usuários e 60 em outros horários.

De acordo com a decisão judicial, o horário de pico é aquele compreendido no intervalo entre 6 e 9 da manhã, de segunda a sexta, e das 17h até às 20h. Aos sábados, o horário foi considerado aquele de 6 às 9 da manhã e de meio-dia às 15h.

A STRANS informou ainda que fiscaliza para que seja cumprida a ordem judicial que determina que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) não impeça a circulação da frota mínima de 70% nos horários de pico e 30% nos horários entre os picos.

Além disso, a STRANS relata que resolve manter em circulação os 250 veículos cadastrados a fim de suprir a necessidade dos usuários.

O órgão determinou que os consórcios devem colocar em circulação os ônibus que possuem equipamento GPS para melhor controle da frota. O uso do GPS também diz respeito à funcionalidade do aplicativo SIUMobile Teresina. O aplicativo, que está disponível gratuitamente nas plataformas, informa em tempo real a localização dos ônibus, itinerário e tempo de espera.

A STRANS informa também que todas as medidas administrativas e judiciais estão sendo adotadas. A Procuradoria Geral do Município (PGM) tem recebido relatório diário sobre os descumprimentos das ordens de serviço para as providências cabíveis.

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