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Natan Portela já atendeu 150 pessoas vítimas de animais peçonhentos

José Noronha, diretor da unidade de saúde e médico infectologista, afirmou que as ocorrências relacionadas a esses animais se intensificam no período que compreende os meses mais quentes do ano.

O Instituto de Doenças tropicais Natan Portela divulgou dados coletados entre o período de janeiro a outubro de 2021 que constatou a realização de 150 atendimentos por acidentes envolvendo animais peçonhentos.

Conforme os dados, os acidentes envolvendo picada de escorpião são destaque e possuem cerca de 50% dos atendimentos realizados.

  • Foto: Divulgação/Natan PortelaInstituto de Doenças tropicais Natan Portela.Instituto de Doenças tropicais Natan Portela.

José Noronha, diretor da unidade de saúde e médico infectologista, afirmou que as ocorrências relacionadas a esses animais se intensificam no período que compreende os meses mais quentes do ano, conhecido como BRO Bró.

“Por ser o período de reprodução desses animais, os meses com calor mais intenso são os que mais acontecem esses acidentes. Por isso que devemos manter os ambientes limpos, evitando o acumulo de lixo e entulho, que servem de abrigo e local de alimentação para esses animais”, afirmou o médico.

O diretor do Natan Portela também orienta que as pessoas que foram picadas por cobra, escorpião, aranha ou qualquer animal peçonhento devem procurar imediatamente atendimento médico para avaliar os sintomas e se há a necessidade de uso de soro.

“Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras. Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro”, explica José Noronha.

O médico afirma que em acidentes que atingiram extremidades do corpo, como nos braços, mãos, pernas e pés, é necessário que a pessoa retire os acessórios como anéis, fitas amarradas e calçados apertados, pois podem piorar a situação do paciente infectado.

Ainda é alertado que a pessoa não amarre a parte afetada pela picada ou ainda corte ou aplique substâncias como pó de café, álcool, entre outros sob a região.

Em casos de acidente com águas-vivas e caravelas o diretor do Natan Portela indica que o paciente utilize compressas geladas de água do mar ou ainda pacotes de gelo embalados em panos para alívio da dor provocada na região.

Os tentáculos presos a pele devem ser removidos de maneira cautelosa utilizando pinça ou lâmina. A pessoa deve procurar atendimento médico para avaliar o envenenamento e se existe a necessidade de realizar tratamento complementar.

O médico ressalta que nesses tipos de acidentes a pessoa não deve tentar sugar o veneno da região atingida, pois esta ação pode provocar mais chances de infeccionar a região.

“Não faça, em hipótese alguma, torniquete ou garrete; não fure, corte, esprema ou faça sucção no local da picada; não coloque folhas, pó de café, pomadas, fumo ou urina no local da picada; não tome nem aplique bebidas alcoólicas no local”, destaca o diretor do Natan Portela.

O Instituto de Doenças tropicais Natan Portela está disponível para realização de atendimento em Teresina para casos que precisas de medidas preventivas após exposição com o vírus HIV, em acidentes de perfuro cortantes, assim como em acidentes com animais peçonhentos.

“ Se você estiver em Teresina e passar por alguma dessas mazelas procure o Natan Portela, e caso esteja em regiões mais distantes vá ao hospital de saúde mais próximo, onde você ser avaliado por um profissional da saúde, para ser definida a necessidade ou não de se fazer soro”, finaliza o diretor do Natan Portela.

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