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Problema do sistema de saúde de Teresina não é financeiro, diz CRM

Dr. Dagoberto Silveira participou nessa segunda-feira (05) de uma audiência pública na Câmara de Teresina.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRMPI), Dr. Dagoberto Silveira, participou nessa segunda-feira (05), de uma audiência pública na Câmara Municipal de Teresina, para falar a respeito do sistema de saúde da capital. Em entrevista a imprensa, o presidente do CRM-PI, afirmou que o problema da saúde não é financeiro e sim de gestão.

Dr. Dagoberto Silveira, comentou que o CRM-PI, há meses, alertava sobre a situação do Hospital e Maternidade do Buenos Aires. Ele afirmou também que o que se espera, é que sejam realizadas as ações inseridas no relatório que foi apresentado pelo conselho.

Foto: Divulgação/ CRM-PIPresidente do Conselho Regional de Medicina, Dr. Dagoberto Silveira.
Presidente do Conselho Regional de Medicina, Dr. Dagoberto Silveira.

“Nós aguardamos que sejam realmente realizadas aquilo que nos colocamos em nosso relatório, porque realmente o funcionamento do Buenos Aires estava muito a desejar, então nós já vimos a vários meses, isso não é de ontem, nem de hoje, há várias vezes gente vem batendo, procurando ajudar e não encontramos resposta, então tivemos que fazer a interdição parcial do Buenos Aires”, comentou.

O presidente do CRM-PI afirmou que o órgão vai cobrar medidas dos responsáveis, para que aplique ações para fazer um trabalho digno no sistema de saúde da capital. “O que nós temos que fazer é cobrar, para que eles realmente realizem um trabalho digno, porque está realmente de mau a pior, então tem que fazer um trabalho digno, e que procure recuperar o tempo perdido e aquilo que deixou de ser feito”, disse.

O médico também afirmou que o problema do sistema de saúde de Teresina não é do âmbito financeiro, e sim de gestão. “O problema é gestão, está faltando gestão, não é dinheiro, dinheiro tem, porque eles fazem outras coisas, por que não tem? Está faltando realmente é gestão. E outra coisa, a culpa não é dos médicos, nem dos trabalhadores de saúde, a culpa é única e exclusivamente dos gestores, é isso que nós queremos mostrar para a população, e estamos mostrando”, afirmou.

Questionado se há outras unidades de saúde em situação semelhante ao do Hospital do Buenos Aires o presidente do CRM-PI, deu uma resposta positiva, e afirmou que a pior encontrada foi a do hospital. “Tem várias, várias estão em situação semelhante, a pior que nós encontramos foi no Buenos Aires, até agora, mas nós vamos atrás dos outros”, informou.

Dr. Dagoberto Silveira também afirmou que o Conselho Regional de Medicina do Piauí, vai trabalhar para que não ocorra interdições em outras unidades de saúde em Teresina, assim como foi feita no Hospital e Maternidade do Buenos Aires. “Acredito que não, vamos trabalhar para que não ocorra”, comunicou.

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