"Uma questão de celeridade", diz Lucas Pereira sobre recriação da Semcom
O secretário de Comunicação da PMT explicou também sobre a pequena reforma que a gestão irá enfrentar com a saída de secretários para disputar cargos políticos.
O secretário de Comunicação da Prefeitura de Teresina, Lucas Pereira, falou sobre a recriação da Semcom e sua importância para a gestão de recursos e da administração da pasta através de uma maior autonomia financeira. O comunicador também pontuou em entrevista ao Viagoraa pequena reforma da PMT diante da desincompatibilização de secretários dos cargos dos secretários.
De acordo com o secretário, a recriação da Semcom foi possível após a cessão da Lei Federal que vedava a criação de novos cargos na administração aos municípios que receberam recursos durante a pandemia.
“A importância é a nossa a autônomia financeira e administrativa que volta, uma vez que a comunicação é maior do que muitas secretarias e nós estávamos em status de coordenadoria, porque quando Dr. Pessoa assumiu havia uma Lei Federal que vedava a criação de cargos públicos e estruturas administrativas por parte dos municípios que estavam recebendo recursos federais para o combate a covid como Teresina, então ele tinha que criar duas novas secretarias, que foi a de Produção Agropecuária e a de Defesa Civil, para adequar seu plano de governo. Essas duas secretarias têm sido importantíssimas, sobretudo a secretaria de Defesa Civil devido os alagamentos. Como criou-se duas secretarias era preciso extinguir outras duas, as escolhidas foram a Secretaria de Parcerias e Concessões e a Secretaria de Comunicação, que foi transformada em coordenadoria. No início deste ano cessou a vigência da lei e o Dr. Pessoa pode criar novas secretarias”, destacou o secretário.
Para Lucas Pereira a transformação da pasta com a recriação do seu cargo e do secretário executivo deu maior celeridade a gestão da comunicação, visto que anteriormente existia muita burocracia na coordenação de publicidade de diversas secretarias que passavam pela Semcom.
“É uma questão de celeridade do nosso trabalho, porque tudo que é da imprensa, que mexe diretamente com a imagem do prefeito e da prefeitura tem que passar por mim, então nós ficávamos muito amarrados, sem ter autonomia financeira e administrativa para demandar tudo isso, todas as secretarias passavam por nós e depois pela secretaria de Finanças, ou seja, era uma burocracia muito exagerada e não estava fluindo, então o Dr. Pessoa decidiu, vendo a importância da comunicação, recriar a Semcom. A nossa estrutura é muito grande, eu por exemplo tenho 38 pessoas, tanto que o Dr. Pessoa recriou apenas o meu cargo e o do secretário executivo, então basicamentealém de dar celeridade as informações, é transmitir de fato as políticas públicas que a gestão”, pontuou Lucas Pereira.
Diante do segundo ano de gestão, a atual Secretaria de Comunicação, Lucas Pereira ressaltou que suas principais metas serão reposicionar a imagem da gestão devido as sucessivas comparações que a mesma vem sofrendo por conta de administrações anteriores.
O secretário também pontuou o período em que passou sem licitações para auxiliar no trabalho da comunicação e recente processo que prefeitura enfrenta após o Tribunal de Contas do Estado do Piauí suspender o pagamento de R$ 20 milhões destinados para agências contratadas.
“Minha principal meta é reposicionar a imagem da gestão, no inicio do ano nós tivemos uma série de ajustes natural de uma gestão nova que se posiciona frente a sucessivas gestões do mesmo grupo político, então é uma gestão totalmente nova, são gestores novos desvinculados da mesma forma de fazer política, e quando se tem uma quebra de modelo você tem adequações, críticas, por exemplo, nós estamos enfrentando o processo de transporte público, estamos enfrentando ainda a questão da drenagem urbana que não é algo da gestão do Dr. Pessoa, nós estamos há 30 anos sem drenagem urbana porque é uma obra que está de baixo do chão, ninguém vê, não tem voto, e ao longo dos anos as gestões anteriores não se preocuparam em fazer serviços de drenagem é por isso nós vemos alagamentos, principalmente nas zonas Leste, Norte e Sul, ou seja, são heranças que a prefeitura adquiriu ao longo do tempo.
Além disso, Lucas Pereira pontuou que os principais desafios da nova gestão na secretaria será o transporte público, um sistema que terá que ser repensado pela administração.
“Nosso principal desafio hoje é sem dúvidas o transporte público, pois ele passa por uma crise em todo o país, você aqui no Maranhã, em São Luís, o prefeito Eduardo Braide, não tem conseguido e o Dr. Pessoa tem feito acordos com as empresas, elas são chamadas, porque é um sistema que não se sustenta. É até complicado dizer isso, mas é verdade, as pessoas andam de ônibus quando não tem outra alternativa, principalmente em Teresina onde a gente tem um clima muito quente e o transporte coletivo não consegue dar o conforto que a pessoa tem com seu transporte próprio, é um sistema que sem o aporte do poder público não se sustenta e a prefeitura chegou a investir cerca de 7 milhões por mês em subsídios e é um sistema que terá que ser repensado, porque as pessoas tem que voltar a usar o transporte coletivo e ter a segurança de que terá aquele transporte, de que pelo menos terá um tempo razoável de espera e é isso que para isso que estamos trabalhando diariamente para resolver o problema do transporte público. Hoje a atual licitação passa por processos, está reanalisada, reavaliada para saber onde podemos melhorar”, diz Pereira.
Para Lucas Pereira além da licitação do transporte público a PMT também enfrenta percalços na drenagem urbana, que é essencial no período chuvoso para evitar os alagamentos na cidade.
“Além do transporte público nós temos a questão da drenagem, temos que resolver, por exemplo a galeria da zona Leste, a primeira fase vai ser concluída agora, vai atravessar a Avenida Homero Castelo Branco que já vai reduzir e melhorar significativamente a drenagem da zona Leste, e vai fazer com que deixe de ser parcialmente alagada”, explica.
De acordo com o secretário, o processo de democratização da comunicação na PMT foi iniciado e a partir da recriação da Semcom será potencializado com mais investimento e celeridade.
“Nós iniciamos um processo e temos parceria com rádios comunitárias que recebem nossos materiais, temos campanha publicitária rodando nesses veículos, em portais novos nós apostamos muito porque acreditamos que a comunicação é sim um terceiro poder, um órgão fiscalizador. Com a volta da secretaria nós temos maior autonomia e pretendemos avançar ainda mais nesse processo de democratização e investimento. As Semcom geralmente investem mais nas mídias tradicionais e nós investimos em rádio de carro de som, por exemplo vai ter o Teresina Cuida de Você que é uma série de serviços nos bairros, então o carro passa uma semana ou três dias rodando o local porque é uma comunicação bem mais direcionada”, destaca o secretário.
Por fim, o jornalista ressaltou que as secretarias municipais devem passar por uma pequena reforma diante da saída de gestores para disputar cargos políticas nas eleições deste ano.
“A administração se molda ao tempo, a conveniência do momento e o Dr. Pessoa está sempre reavaliando, traçando metas para os secretários aqueles que não cumprirem são realocados para uma pasta que o gestor tem mais habilidade, a própria Lei eleitoral determina o prazo que o gestor deve se desincompatibilizar, nós tivemos a saída da superintendente da SAAD Norte, Ana Paula, que ela pode ir para alguma cargo, o próprio coronel Nixon pediu exoneração, alegou falta de estrutura, nós vimos um viés político, sabemos que ele será candidato a deputado estadual, ele antecipou isso, nós temos também a secretária de Economia Solidaria, Gessy que deve se desincompatibilizar do cargo e outros gestores que acenam, mas não cabe a nós antecipar isso porque é uma decisão própria do gesto”, conclui.
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