Trabalhadores da educação e do transporte fazem protesto em Teresina
A manifestação reuniu as categorias e aconteceu na manhã desta quarta-feira (23), no centro da capital.
Na manhã desta quarta (23), aconteceu uma manifestação unificada em Teresina. O ato reuniu trabalhadores dos transportes públicos, professores das redes municipal e estadual, estudantes e o Movimento Rua.
As categorias realizaram o protesto onde as principais reivindicações foram educação, moradia e transporte público.
Segundo o diretor de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sinderm), Joaquim Monteiro, o objetivo da manifestação unificada foi juntar as causas de cada categoria e cobrar uma resposta do poder público.
De acordo com Antônio Cardoso, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviarios (Sintetro), os motoristas e cobradores tentaram diálogo com a Strans e o Setut, e que o prefeito também se mostrou interessado em resolver a situação. Porém quando chegou na parte financeira a prefeitura não deu retorno e que os trabalhadores da categoria estão passando necessidade.
“O prefeito é o que manda na cidade, ele foi eleito com a promessa de melhoria do transporte coletivo. Pediu 100 dias e já vamos para um ano e quatro meses e nada. O sistema realmente colapsou total e estamos passando necessidade. Algumas empresas deixando de cumprir algumas obrigações trabalhistas como: Férias vencidas, FGTS há mais de sete anos sem depósito. A gente quer que o poder público realmente tome conta da situação e nós cobramos do governador, dos deputados, vereadores, todos com essas promessas mentirosas de regularizar o sistema de transporte e não estão nem aí para a população e muito menos para a gente. Uma CPI que foi feita e não deu resultado em nada, uma bilhetagem que ia ser administrada pela prefeitura e nada e nós aqui penalizados todos os dias, passando fome, necessidade e o poder municipal tem que tomar de conta do transporte coletivo e da regularização dos salários dos professores, entre todas as outras reinvindicações que estamos passando aqui", relatou.
Sobre a determinação judicial de colocar 80% da frota em circulação o presidente do Sintetro comentou que o Setut recebe uma notificação direto da Strans dizendo para colocar 270 veículos para rodar e que não cumpre, mas quando é para a classe trabalhadora é cumprido.
Segundo uma das participantes do Movimento Rua, Thalita Correia, as reivindicações sobre moradia, estão em volta da liminar do STF que vence agora dia 31, "Ela garantia que as ocupações não sofressem processo de expulsão e com o vencimento o prefeito Dr. Pessoa já está agindo pra expulsar as populações dessas ocupações como a do Lindalma Soares, uma das maiores ocupações da Zona Norte. “Estamos reunidos para reivindicar os nossos direitos e, principalmente, o direito que a gente tem sobre a cidade. Enquanto morar for um privilégio, ocupar ele é um direito”, explicou.
Conforme informações da suplente de diretor de assuntos jurídicos, parlamentares e trabalhistas do sindicato dos servidores públicos municipais de Teresina (Sindiserm), Daniele Brito, falou sobre a situação dos professores e que a greve já completa 45 dias e que a prefeitura não quer repassar o reajuste de 33,23%. Os professores também reinvindicam a recomposição dos orçamentos das universidades.
O protesto iniciou na Praça do Fripisa às 8h e seguiu para a prefeitura por volta das 9:20h. Chegando ao local Guardas municipais fizeram uma barricada para impedir o acesso dos manifestantes na prefeitura, depois os manifestantes seguiram para a Setut e para o Palácio de karnak.
Outro lado
O prefeito Dr. Pessoa falou a Viagora sobre o transporte público de Teresina e que está de toda forma tentando resolver a situação.
“No período em que não existia pecado Adão e Eva pecaram, então uma parte ficou de Deus e outra do diabo, é a mesma coisa comparado ao transporte coletivo. O município, o Estado e a união quer, mas os empresários é a parte demoníaca, mas nós estamos desde que botei os pés aqui tentando, só em outubro do ano passado nós chegamos a um acordo e agora eles estão descumprindo o acordo. Essa é uma questão que respinga no prefeito, mas é dos empresários, esses que não tem alma. Mas nós como gestor estamos avançando, não estamos parados desde o ano passado, e alguns resultados bons a sociedade verá as ações para extirpar esse mal do transporte coletivo causado pelos empresários", explicou o gestor.
Por Anna Paula Couto
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