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Prisão de Marcos Vitor é um alívio, desabafa mãe de vítima

O ex-estudante de medicina foi preso nessa quinta-feira (19), em Mar del Plata na Argentina.

Nessa quinta-feira (19), após o anúncio da prisão de Marcos Vitor, a advogada e médica, Priscila Karine, que é mãe de uma das vítimas de abuso, falou ao Viagora sobre como se sente após a prisão do acusado na Argentina.

Para a mãe, a prisão do condenado significa que foi feita a justiça. “Eu considero que foi feita a justiça. A prisão dele para a minha família é um alívio, é a tirada de um peso de cima das nossas costas de responsabilidade tanto social quanto em relação às nossas filhas”, explica Priscila Karine.

Priscila Karine diz que Marcos Vitor não iria parar de agredir. “Ele não ia parar de agredir, ele não vai. É em relação à defesa das crianças, a gente sabe quantas crianças são abusadas e ninguém escuta elas. Então essa prisão mostra que a impunidade nem sempre acontece, então o beneficio que essa prisão trás é para a sociedade como um todo de um basta a todas as agressões que essas crianças sofrem”, explica.

Foto: Luís Marcos/ ViagoraPriscila Karine
Priscila Karine

Em outubro de 2021, logo que o caso foi denunciado, Priscila Karine concedeu entrevista ao Viagora e afirmou que se sentia chateada devido o suspeito naquela época, não ter sido capturado de imediato, o que facilitou na fuga do condenado. “A gente está chateado, porque avisamos desde o começo que ele tinha risco de fuga, por causa da condição financeira. Como a gente avisou, a gente já estava esperando que ele fugisse, tão tal que quando a polícia não conseguiu intimar ele, ele não foi intimado, ele não foi encontrado em nenhum momento pela polícia, a gente já começou a postar sobre foragido”, disse.

Relembre o caso

Em setembro 2021, Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, começou a ser investigado pela Polícia Civil do Piauí, suspeito de estupro contra a prima e a irmã, além de outras três crianças da mesma família, em Teresina.

No mês seguinte, em outubro, a delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Camilla Miranda, concluiu o inquérito referente ao caso. Marcos Vitor foi indiciado pelo crime de estupro contra a irmã de 3 e 9 anos na época, e a prima de 12 anos também naquele ano. Porém ele não foi localizado, passando a ser foragido da justiça.

Ainda em outubro, a Polícia Federal emitiu um alerta para os aeroportos após o condenado ter sido considerado foragido pela polícia. Em nota, a PF informou que foi acionada em virtude da possibilidade de tentativa de fuga ao exterior. Desde então, Marcos Vitor não foi localizado, tendo a Polícia que intensificar as diligências, tanto em campo quanto virtualmente.

Em novembro do ano passado, Marcos Vitor ainda foragido da Justiça, foi condenado pelo juiz Raimundo Holland Moura de Queiroz, da 5ª Vara Criminal de Teresina, a 33 anos e oito meses de prisão pelos crimes.

Após 15 meses foragido, Marcos Vitor foi localizado na Argentina, utilizando nome falso e se identificando como Pedro Saldanha. Com o apoio da delegada Milena, que é a representante da Interpol superintendência do Piauí, juntamente com o poder judiciário, foi decidido o mandado de prisão na difusão vermelha da Interpol.

De acordo com a delegada, a polícia Internacional realizou diligencias em três países diferentes em busca do ex-estudante de medicina condenado por estupro de vulnerável. Após expedição do mandado de prisão, a interação entre as policias ficou mais incisiva, tornando possível a rápida inserção do mandado no sistema da Interpol.

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