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Caso Janaína Bezerra: estudantes ocupam reitoria da UFPI e pedem justiça

A ação acontece na manhã desta terça-feira (31) onde estudantes e entidades sociais pedem mais segurança nas dependências da instituição.

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Na manhã desta terça-feira (31) estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI, campus Teresina, ocuparam a Reitoria pedindo justiça pelo assassinato de Janaína da Silva Bezerra de 21 anos, estudante de jornalismo que foi brutalmente estuprada e morta nas dependências da instituição após festa no Diretório Central dos Estudantes (DCE) na sexta-feira (27).

A movimentação foi encabeçada por diversos movimentos estudantis onde reuniram cerca de 50 alunos em frente ao órgão. Nas redes sociais, os Centros Acadêmicos de diversos cursos da UFPI convocam toda a rede de docente e discentes a se unirem ao ato.

“O reitor está férias enquanto um estudante está de morta. Vamos ocupar. Nossa amiga foi assassinada! Achamos que o plano de segurança da UFPI não engloba as nossas vidas, não nos representa!”, diz representante do movimento estudantil.

No ato promovido pelos alunos, a estudante da instituição, Maria Clara Alves, afirma que o diálogo entre os alunos e a administração da Universidade Federal do Piauí, só está sendo possível por conta da iniciativa do movimento estudantil.

“Eu queria que nesse momento, vocês tenham ciência de que a gente só está tendo diálogo porque a gente entrou aqui, esse cara da reitoria, ele nunca viu a nossa cara antes, está dizendo que fez de tudo, mentira, como é que alguém fez de tudo e uma mulher morre, vocês precisam apoiar a gente, a gente está morrendo aqui dentro”, afirmou.

Questionada quais as principais exigências feitas pelos movimentos estudantis, a estudante informou que o pedido principal é uma segurança maior aos alunos da instituição. “É segurança, é o mínimo de segurança, uma menina foi estuprada e morta dentro de uma sala da UFPI, não foi na casa dele, foi dentro da sala da UFPI”, informou.

Durante conversa com os estudantes o Diretor Administrativo da UFPI, Alberto Dias, comentou que a instituição federal desde o início se mobilizou para tentar a família da estudante de jornalismo morta nas dependências da universidade.

“Em primeiro lugar, eu quero expressar a nossa total consternação com o que, ficamos muito abalados, nós estivemos a todo tempo mobilizados em tentar acalentar a família nesse momento de dor, em segundo lugar o nosso reitor está oficial de férias, mas tem atuado de maneira muito intensa para prestar todo o apoio para a família e dando as diretrizes”, comentou.

Ainda de acordo com o diretor administrativo da Universidade Federal do Piauí, a instituição está sem recursos, e está tentando atender da melhor maneira atender as exigências dos estudantes.

“A Universidade Federal do Piauí está quebrada, está quebrada, nós temos o gasto médio de liquidação mensal de 10 milhões e 123 mil, o que foi aprovado para gente este ano é 90 milhões, todas as reivindicações para a gente, nós estamos tentando viabilizar da melhor maneira possível, nós estamos fazendo milagre para fazer essa universidade funcionar”, afirmou.

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